Diante de uma grave escassez de combustíveis provocada pelas sanções dos Estados Unidos, Cuba tem adotado algumas medidas. Entre elas, estão o uso de bois no lugar de tratores, a substituição de gás por lenha nas padarias e a orientações para que a população economize eletricidade.
A ditadura cubana diz que está priorizando o pouco combustível que tem neste mês para manter os serviços essenciais, como hospitais, e setores como o turismo.
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Em outras áreas, a alternativa tem sido reduzir operações. O ministro da Construção afirmou a uma emissora estatal nesta semana que algumas fábricas de cimento diminuíram a produção.
Já uma importante siderúrgica em Havana interrompeu completamente suas atividades, segundo um trabalhador metalúrgico entrevistado pela agência de notícias Reuters.
Supervisores de grandes obras de hotéis em Havana relataram que trabalhadores de fora da cidade foram instruídos a permanecer em casa, devido à falta de combustível para o transporte e para operar as máquinas em plena capacidade. Atualmente, os canteiros funcionam com apenas um turno, em vez dos dois ou três habituais.
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Outros setores do Estado, que domina a maior parte da economia cubana, também dispensaram seus funcionários temporariamente devido aos cortes severos no transporte público.
“Se eles não precisam de mim neste momento, prefiro não ter que lutar para andar no teto de um ônibus que transborda de gente, especialmente com esse calor”, disse Rosario à Reuters. Ela que disse que o canal de notícias estatal em que trabalha a mandou para casa com o salário pago.
Universidades e escolas de Cuba reduzem jornada
Algumas universidades, escolas públicas e locais de trabalho reduziram o horário de funcionamento para economizar energia elétrica e aliviar a pressão sobre o transporte público nos horários de pico.
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Na semana passada, a ditadura comunista anunciou que as sanções dos Estados Unidos sobre remessas de petróleo impediram a chegada de combustível suficiente para atender às necessidades de setembro.
O ditador Miguel Díaz-Canel disse não se tratar de nada parecido com a crise que Cuba sofreu nos anos 1990, depois do colapso da União Soviética, sua antiga benfeitora. Remessas de combustível suficiente para o próximo mês já estão garantidas.
Pavel Vidal, ex-economista do Banco Central de Cuba e professor da Universidade Javeriana Cali, na Colômbia, destacou à Reuters que uma das poucas vantagens de uma economia centralizada, como a de Cuba, é a capacidade do governo de “redirecionar os poucos recursos disponíveis para áreas prioritárias” durante crises como essa.
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