Israel vai recorrer contra pedido de prisão de Netanyahu, emitido pelo Tribunal Penal Internacional

Israel informou, na última quinta-feira, 28, que vai recorrer contra os pedidos de prisão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do ex-ministro da Defesa Yoav Gallant, emitidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). As acusações alegam crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza.

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Na última quarta-feira, 27, a defesa de Netanyahu afirmou que Israel rejeita a jurisdição da Corte de Haia e voltou a negar as acusações. O Estado judeu também notificou o tribunal sobre a intenção de apelar e pediu o adiamento da execução dos mandatos, conforme noticiado pela agência Reuters. 


Israel argumenta que o TPI não possui jurisdição para julgar o caso. Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yisrael Katz, declarou não haver justificativa para a decisão do tribunal.

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O presidente israelense, Isaac Herzog, considera que mandar prender Netanyahu e Gallant foi uma “decisão ultrajante”. Para ele, a decisão do TPI “transformou a justiça universal em motivo de chacota universal”.

Benjamin Netanyahu TPI mandado Israel
Netanyahu não reconhece legitimidade do TPI | Foto: Ma’ayan Toaf/GPO

Mandado de prisão contra líderes de Israel inclui comandante do Hamas

Os mandados de prisão de Haia, emitidos na semana passada, incluem o líder militar do Hamas, Ibrahim Al-Masri, conhecido como Mohammed Deif. A decisão segue o anúncio do procurador Karim Khan, em 20 de maio, sobre a busca de mandatos relacionados aos ataques do Hamas contra Israel, em 7 de outubro de 2023, e à resposta militar israelense. 

O porta-voz do TPI, Fadi El Abdallah, afirmou que os juízes vão decidir sobre os pedidos de apelação.  

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Segundo as regras do tribunal, o Conselho de Segurança da ONU pode adiar uma investigação ou processo por um ano, renovável anualmente. Depois da emissão de um mandato, o país ou pessoa designada pode contestar a jurisdição ou a admissibilidade do caso. 

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