Em junho, durante a terceira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que aqueles que apostassem na valorização do dólar iriam “quebrar a cara”.
No dia da reunião, 27, a moeda americana estava cotada a R$ 5,52, depois de uma alta de 1,13% no dia anterior. Esse aumento ocorreu durante uma entrevista de Lula, na qual ele negou que o governo estivesse gastando demais e que a dívida líquida do país fosse preocupante.
Durante a entrevista, o dólar atingiu R$ 5,52, o maior valor desde os R$ 5,56 registrados em janeiro de 2022. No dia seguinte, 28, depois de a imprensa associar a alta do dólar às suas declarações, Lula tentou refutar a conexão, afirmando que “o dólar tinha subido 15 minutos antes de eu dar entrevista”.
De acordo com o presidente, especulações em derivativos, como moedas e taxas de juros, resultariam em perdas financeiras. Também declarou que aqueles que apostassem no fortalecimento do dólar iriam “quebrar a cara”. Lula criticou a “irresponsabilidade de especuladores que não medem as consequências de suas ações”.
Dólar bate recorde e fecha a R$ 6,26
O dólar bateu recorde e fechou a R$ 6,26, a maior cotação da história, nesta quarta-feira, 18. Os recordes ocorrem em meio as preocupações do mercado financeiro com o pacote de cortes de gastos, apresentado pelo governo Lula ao Congresso Nacional.
A moeda norte-americana subiu 2,82% nesta quarta-feira e acumulou alta de 3,64% na semana, 3,39% no mês e 25,62% no ano. O Ibovespa caiu 2,97% nesta quarta-feira, perda de 3,38% no mês e recuo de 8,82% no ano.
Também há incertezas sobre a eficácia das medidas propostas para equilibrar as contas públicas. Na noite da terça-feira, 17, a Câmara dos Deputados aprovou medidas iniciais que proíbem a ampliação de benefícios tributários quando as contas públicas têm desempenho negativo.
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