Policiais envolvidos em assassinato de delator do PCC levaram R$ 90 mi da facção

Os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, de 58 anos, conhecido como Xixo, e Valmir Pinheiro, de 55 anos, apelidado de Bolsonaro, são acusados de desviar cerca de R$ 90 milhões do Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação é do portal UOL.

Uma denúncia anônima revelou que os policiais tentaram matar o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach. Ele havia sido questionado por criminosos sobre o vazamento de informações das casas-cofre.

O empresário foi assassinado em novembro, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, oito dias depois de denunciar cinco policiais civis ao Ministério Público de São Paulo por corrupção.

O assassinato de Gritzbach ocorreu pouco depois de sua denúncia, que implicava diretamente os policiais em atos ilícitos. Na última terça-feira, 17, quatro dos acusados, incluindo um delegado, foram detidos pela Polícia Federal.

De acordo com o relatório da PF, Valdenir e Valmir invadiram casas-cofre do PCC sem autorização judicial, causando uma série de execuções dentro da facção. A facção, sem saber quem eram os invasores, suspeitou de traição interna e decretou a morte dos policiais caso fossem libertados.

Em 2023, polícia recebeu denúncia sobre suposto sequestro de delator do PCC

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Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, o delator do PCC, foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos | Foto: Divulgação/Polícia Civil

Em junho de 2023, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) recebeu uma denúncia sobre o suposto sequestro de Gritzbach por esses policiais.

O empresário negou o sequestro, alegando que havia ido à região para avaliar um imóvel na companhia dos agentes.

Valdenir e Valmir atuavam sob a liderança do delegado Fábio Baena Martin, que também foi preso. As investigações revelaram que as movimentações financeiras dos policiais eram incompatíveis com seus salários oficiais.

Valdenir, por exemplo, recebia da Polícia Civil de São Paulo um salário líquido de R$ 5.165,10, mas movimentou mais de R$ 16 milhões entre 2017 e 2023.

Valmir, com um salário de R$ 7 mil mensais, registrou transações que somaram R$ 13,5 milhões. Ambos eram do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

Movimentações financeiras

As investigações lideradas pela PF e pelo Gaeco revelam que Valdenir e Valmir teriam recebido R$ 800 mil de narcotraficantes responsáveis pelo envio de cocaína à Europa.

A Operação Face Off, deflagrada em setembro, 3, resultou na quebra dos sigilos bancário, telefônico e telemático dos policiais.

Em uma conta bancária de Valmir no Santander, foram identificados movimentos de R$ 10,6 milhões, enquanto Valdenir movimentou R$ 9,6 milhões em uma conta no Banco do Brasil.

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