O advogado Geovane Veras, que cuida do processo do cacique Serere, classificou a prisão do indígena como “ilegal”.
As autoridades da aduaneira de Puerto Iguazú detiveram Serere, na tarde de ontem, quando ele voltava de Foz do Iguaçú (PR). No ato, os agentes constataram que ele estava sem documentos e resolveram puxar a ficha. Há pouco tempo, Serere teve a prisão preventiva decretada novamente pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude de suposto descumprimento de medidas restritivas. Dessa forma, o entregaram à Polícia Federal (PF).
“Serere é um preso político e está autorizado a permanecer na Argentina como refugiado até a decisão final do governo argentino, que poderá ou não conceder asilo político aos patriotas brasileiros”, informou Veras, em nota enviada à coluna. Serere tem um documento expedido pelo Corane, que autoriza sua permanência em solo argentino, chamado DNI. Ele não poderia ter sido preso estando com esse documento válido. Trat-se de uma prisão ilegal e abusiva praticada pelos servidores da aduana argentina. Serere não tem condenação criminal e nem sentença condenatória em seu desfavor.”
Leia também: “Um índio esquecido na prisão”, reportagem publicada na Edição 169 da Revista Oeste
O post Advogado explica ilegalidades na prisão de Serere apareceu primeiro em Revista Oeste.