Depois de audiência de custódia, nesta segunda-feira, 23, a prisão do cacique Serere Xavante foi mantida.
A Polícia Federal (PF) prendeu o indígena depois de ele ser detido na aduana brasileira da Ponte Tancredo Neves, quando voltava de Foz do Iguaçú a caminho de Puerto Iguazú. Autoridades locais abordaram o cacique e constataram que ele estava sem documentação. Eles ainda souberam que o indígena tinha um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em virtude de supostas violações de medidas restritivas.
Os agentes, então, o levaram de volta para a cidade paranaense, onde a PF o manteve atrás das grades.
O advogado Geovane Veras, que cuida do processo do cacique Serere, classificou a prisão do indígena como “ilegal”. “Serere é um preso político e está autorizado a permanecer na Argentina como refugiado até a decisão final do governo argentino, que poderá ou não conceder asilo político aos patriotas brasileiros”, informou Veras, em nota enviada à coluna. Serere tem um documento expedido pelo Conare que autoriza sua permanência em solo argentino chamado DNI. Ele não poderia ter sido preso estando com esse documento válido. Trata-se de uma prisão ilegal e abusiva praticada pelos servidores da aduana argentina. Serere não tem condenação criminal e nem sentença condenatória em seu desfavor.”
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