A tragédia com o avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines, que resultou na morte de 38 pessoas na última quarta-feira, 25, lançou uma sombra de dúvida e especulação internacional. Enquanto as investigações ainda estão em andamento, países como Ucrânia e Azerbaijão sugerem a participação direta da Rússia no incidente.
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Fontes governamentais anônimas, citadas pelo portal de notícias Caliber, informam que o avião pode ter sido abatido por um sistema de defesa russo depois de sofrer interferência em seus sistemas de comunicação. Esse sistema teria sido desativado por tecnologia de guerra eletrônica, um mecanismo frequentemente utilizado por Moscou para se defender de ataques de drones.
As primeiras evidências
Imagens do interior do avião mostram coletes salva-vidas perfurados e buracos na fuselagem, possivelmente causados por estilhaços. Especialistas em aviação consultados por Oeste sugerem que os danos se assemelham aos provocados por explosões de mísseis.
Autoridades norte-americanas e europeias destacam a gravidade do incidente, comparando-o à derrubada do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014, atingido por um mísseis russos na Ucrânia, matando 298 pessoas. Washington considera que, se confirmada a hipótese, o caso exporia mais uma vez a imprudência militar da Rússia na região.
O avião seguia de Baku, no Azerbaijão, para Grozny, na Chechênia, quando caiu no Cazaquistão depois de desviar da rota original. Naquele momento, ataques de drones ocorriam nas proximidades e sistemas de defesa antiaérea estavam ativos, criando um ambiente de alto risco para a aviação comercial. Especialistas dizem que conflitos dessa natureza elevam a necessidade de revisão das rotas aéreas e de protocolos de segurança.
Queda de avião repercute internacionalmente
Enquanto o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, pede calma e aguarda os resultados oficiais, a Rússia e o Cazaquistão tentam conter especulações. Porta-vozes russos e cazaques ressaltaram que os dados serão divulgados assim que a investigação for concluída.
A Embraer e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estão colaborando com as apurações e confirmaram a recuperação da caixa-preta do avião. Segundo a fabricante, o modelo Embraer 190 tem um histórico de segurança robusto e a aeronave em questão havia passado por inspeção em outubro.
O momento da queda de um avião Embraer 190, da companhia Azerbaijan Airlines, que seguia de Baku para Grozny. O acidente ocorreu em Aktau, no Cazaquistão. Seguiam 72 pessoas a bordo. Fontes locais indicam que 12 sobreviveram. pic.twitter.com/xsIt31pz8L
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) December 25, 2024
Peritos em aviação descartaram a hipótese inicial de impacto com aves, destacando que as perfurações encontradas na cauda e na fuselagem não condizem com esse tipo de acidente. Dados do Flightradar24 também indicaram oscilações anormais na altitude e no curso do voo, sugerindo perda de controle possivelmente causada por danos estruturais.
Outro ponto em análise é a interferência no GPS, que poderia ter levado à desorientação dos pilotos. No entanto, especialistas afirmam que sistemas alternativos, como os inerciais, garantiriam a localização mesmo com falhas no GPS.
A Azerbaijan Airlines suspendeu temporariamente os voos para Grozny e Makhachkala, indicando preocupações com a segurança na região. Analistas ressaltam que o incidente deve reforçar a necessidade de monitoramento mais rigoroso em zonas de conflito e a implantação de sistemas de alerta avançados para evitar tragédias semelhantes.
O post Ucrânia e Azerbaijão acusam Rússia por queda de avião da Embraer apareceu primeiro em Revista Oeste.