Neste início de ano, Oeste traz novamente aos leitores reportagens que fizeram sucesso ao longo de 2024. O texto abaixo, publicado originalmente em 31 de maio, informa que uma professora de português de Ecoporanga, no noroeste do Espírito Santo, foi alvo de polêmica nas redes sociais depois de explicar o uso correto da língua portuguesa por meio de um vídeo.
Leia a reportagem
Uma professora de português de Ecoporanga, no noroeste do Espírito Santo, foi alvo de polêmica nas redes sociais depois de explicar o uso correto da língua portuguesa por meio de um vídeo, em 7 de maio. O conteúdo, que pretendia apenas esclarecer uma regra gramatical, gerou uma grande discussão sobre pronome neutro.
A gravação, publicada por Natalia Faccini, de 29 anos, detalhava que “meninas, mulheres dizem obrigada” e “meninos, homens dizem obrigado”. A regra aborda a concordância nominal, em que o adjetivo deve concordar em gênero (feminino ou masculino) e número.
Alguns internautas concordaram com a professora: “O povo fazendo guerra por uma simples regra de português” e “básico da língua portuguesa”. Outros, no entanto, mencionaram o uso do “pronome neutro”, ao afirmar: “não binário é obrigade”. Um outro comentário afirmou que “brigada, brigado, valeu, tks, todos são válidos para mim”.
Repercussão e reações sobre o vídeo da professora a respeito de regra de português
A professora, que leciona há três anos, disse a Oeste que não imaginava a repercussão dos vídeos. “Não esperava tantos haters do público jovem”, respondeu. “Mas não levei para o lado pessoal. Acabou que o cancelamento teve uma ótima reviravolta, e não estou levando as críticas para o lado pessoal.”
Natalia acrescentou que a gestão da escola onde trabalha, o Colégio Interativo Ecoporanga, sempre acompanhou seus vídeos e que encara de uma forma “positiva”.
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Ao site Folha Vitória, o diretor da escola, Thiago Carnielli, explicou que o vídeo enfatizava o ensino de um conteúdo de gênero textual, uma área de atuação da professora. “Ela quis falar sobre o ensino da gramática”, disse. “E não sobre ideologia de gênero, o que acabou gerando essa proporção toda.”
O diretor ressaltou que, apesar de respeitar as diferenças, o foco do colégio é preparar os alunos para provas e vestibulares, ao ensinar a norma culta da língua portuguesa. “Haja vista que o colégio é confessional, respeitamos todos os indivíduos como filhos de Deus”, observou.
“A manifestação do diretor continua a mesma”, contou Natalia. “Tenho o apoio dele.”
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