O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) renovou no dia 27 de dezembro, a investigação sobre um possível monopólio da Globo nas transmissões de futebol no Brasil.
O inquérito, iniciado em 2021, foi prorrogado até março de 2025. O órgão solicitou mais tempo para analisar as evidências e os depoimentos coletados. No despacho, o Cade afirmou que há uma grande quantidade de informações reunidas, que precisam ser cuidadosamente examinadas.
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Desde julho de 2023, o Cade não realizou mais diligências relacionadas ao caso. Naquele mês, o órgão enviou 34 ofícios para clubes e para a Warner Bros Discovery. Os ofícios tinham como objetivo obter esclarecimentos sobre os contratos do Campeonato Brasileiro de Futebol entre 2019 e 2024.
Cade quer entender os detalhes relações comerciais e identificar eventuais irregularidades
O Cade queria entender melhor os detalhes dessas relações comerciais e identificar eventuais irregularidades. Ele solicitou que os notificados informassem sobre qualquer problema com a Globo.
Como resultado, o Flamengo e a Warner apresentaram relatos importantes. Em reuniões com o Cade, a Warner confirmou que rescindiu o contrato com o Brasileirão, alegando que a Globo causou dificuldades durante o ciclo.
Alguns clubes, como São Paulo, Vitória (BA), Vasco e Cuiabá, responderam aos questionamentos enviados pelo Cade. O Flamengo, por sua vez, destacou, em um ofício datado de 31 de agosto de 2024, que sua tentativa de transmitir jogos pelo próprio streaming, em 2020, foi prejudicada pela Globo.
A investigação, iniciada em 2021, busca apurar se a Globo adota práticas anticompetitivas no mercado de transmissões de futebol. A emissora, por sua vez, nega qualquer tentativa de monopólio.
Ela argumenta que os direitos de transmissão estão sendo cada vez mais distribuídos entre diferentes empresas. Um exemplo disso é a compra dos direitos do Campeonato Brasileiro pela Record. A emissora terá exclusividade sobre as transmissões a partir de 2025, por um contrato de três anos.
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