A produção industrial do Brasil recuou 0,6% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal. É o segundo mês seguido de queda, com uma perda acumulada de 0,8% no período. As informações estão na Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 8.
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Em relação a novembro de 2023, houve crescimento de 1,7%, o sexto mês consecutivo de alta. “Vale destacar que, no índice mensal desse mês, verifica-se a influência do efeito-calendário, já que novembro de 2024 teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior, e de uma base de comparação mais elevada do que a observada em meses anteriores, uma vez que, em novembro de 2023, a atividade industrial avançou 1,4%”, diz André Macedo, gerente da PIM Brasil.
A produção da indústria brasileira acumula 3,2% de alta em 2024, de acordo com o IBGE. No comparativo de 12 meses, o avanço é de 3%.
IBGE aponta queda na maioria dos segmentos industriais
No confronto entre novembro e outubro de 2024, na série com ajuste sazonal, as atividades de maior influência negativa foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%), e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%).
De acordo com André Macedo, a queda em novembro está relacionada com uma base de comparação mais elevada, em função dos dois resultados positivos anteriores, cuja expansão acumulada foi de 12,7%. Além disso, houve perda disseminada dentro do setor, que alcança os principais produtos (automóveis, caminhões e autopeças).
A produção da #indústria nacional caiu 0,6% de outubro para novembro, 2º mês consecutivo de queda. No ano, acumula alta de 3,2%, e, em 12 meses, avanço de 3%.
Saiba mais na #PIM (Pesquisa Industrial Mensal – Brasil), divulgada hoje pelo #IBGE: https://t.co/i21mftVmbC pic.twitter.com/FiXhsJFlFB
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) January 8, 2025
O índice de novembro, diferentemente do que havia sido observado no mês anterior, mostra predomínio de taxas negativas. As quatro grandes categorias econômicas mostraram taxas negativas de desempenho, assim como 19 dos 25 ramos industriais pesquisados.
Dentre as atividades econômicas, os bens semi e não duráveis apresentaram a maior variação negativa (-2,8%). “Esse segmento foi pressionado pelos recuos nos itens álcool etílico (afetado pelas condições climáticas desfavoráveis o que impactou a colheita e o processamento das empresas na produção do item) e nos itens relacionados aos setores de alimentos e bebidas (cervejas, chope e refrigerantes)”, disse Macedo.
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