Coqueluche registra maior número de casos no Brasil desde 2013

Em 2024, o Brasil atingiu o maior número de casos de coqueluche dos últimos nove anos, de acordo com dados do Ministério da Saúde. As notificações da doença cresceram mais de 2.000% em comparação a 2023, quando passou de 214 para 6 mil casos confirmados.

A coqueluche, também chamada de tosse comprida, é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. A doença é transmitida por meio de gotículas expelidas ao tossir, falar ou espirrar.

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Dados do Ministério da Saúde mostram que Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais registraram os maiores aumentos porcentuais de casos entre 2023 e 2024. No Paraná, por exemplo, as notificações saltaram de 16, em 2023, para 2,4 mil, em 2024.

Além disso, o Brasil voltou a registrar mortes por coqueluche no último ano, com 27 óbitos. O último caso fatal havia sido notificado em 2020, quando apenas uma morte foi registrada. A maioria das vítimas eram bebês com menos de um ano, grupo no qual a doença é especialmente perigosa.

Coqueluche causa tosses intensas

A coqueluche é transmitida principalmente pelo contato com gotículas expelidas por uma pessoa doente ao tossir, espirrar ou falar. A transmissão por objetos contaminados é rara, mas possível. O período de incubação da bactéria varia, em média, de cinco a dez dias.

A coqueluche evolui em três fases distintas. A fase inicial, chamada catarral, começa com sintomas leves semelhantes a um resfriado, como febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca, que se intensificam gradualmente.

Em seguida, começa a fase de tosse intensa, ou paroxística, caracterizada por crises de tosse fortes e incontroláveis, com vômitos, dificuldade para respirar, congestão facial ou cianose. Durante esta fase, que pode durar de duas a seis semanas, a febre geralmente é baixa ou ausente, mas em alguns casos ocorrem picos ao longo do dia.

Por fim, a fase de recuperação, ou convalescença, marca a diminuição progressiva da tosse, que pode persistir por semanas ou até três meses. Neste período, infecções respiratórias secundárias podem temporariamente reativar os episódios de tosse intensa.

O diagnóstico da coqueluche é difícil nos estágios iniciais, pois seus sintomas se assemelham a resfriados e outras infecções respiratórias. A tosse seca é um indicativo importante, mas a confirmação ocorre através de exames.

A vacinação é a principal forma de prevenir a coqueluche. No SUS, é recomendada para crianças de até seis anos, gestantes em cada gravidez, profissionais de saúde, parteiras tradicionais e estagiários que atuam com recém-nascidos em ambientes hospitalares.

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