Ato de Lula reúne apenas 1,2 mil pessoas em Brasília

O ato em memória às manifestações de 8 de janeiro de 2023 não ganhou adesão popular. Segundo estimativa do portal Poder360, apenas 1,2 mil pessoas compareceram às atividades convocadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira, 8.

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Durante a manhã, Lula participou de uma cerimônia de reintegração de obras de arte danificadas durante as manifestações e o descerramento da obra As Mulatas, de Di Cavalcanti, no 3° andar do Palácio, onde fica o gabinete presidencial.

Na sequência, o petista discursou com autoridades, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o vice-presidente Geraldo Alckmin. Em seguida, ocorreu o Abraço da Democracia, quando o presidente desceu a rampa do Planalto para se juntar ao pouco público.

Os manifestantes, em maioria, eram formados por idosos e por militantes com bonés do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Não havia ônibus fretados próximos à Praça dos Três Poderes, fechada para veículos na altura do Planalto.

Poucos trabalhadores e crianças se deslocaram até o centro da capital da República. Lula e a primeira-dama, Janja, além de outros integrantes do governo chegaram a se juntar aos manifestantes para o Abraço da Democracia. O petista, no entanto, não discursou para os presentes — o que gerou certo descontentamento.

Oposição critica “uso político” da manifestação por Lula

A oposição ao governo Lula fala em “uso político” da manifestação de 8 de janeiro de 2023 por parte da base governista. A ala conservadora também analisa o esvaziamento do protesto como um retrato do “desgaste político” da gestão petista.

“Existe uma narrativa que está sendo construída pelo sistema, que foi usada politicamente”, afirmou o deputado federal Luciano Zucco (PL-RS). “Falar em golpe? Golpe foi tornar o Lula elegível, é ocupar ministérios com gente não técnica.”

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Foto mostra a Praça dos Três Poderes, em Brasília, esvaziada | Foto: PMDF

Além da baixa participação popular na Praça dos Três Poderes, a ausência de figuras importantes da política chamou atenção. Os presidentes da Câmara, Senado e STF, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luís Roberto Barroso, respectivamente, como também vários governadores, não marcaram presença.

Líder da oposição ao governo na Câmara, Zucco entende o movimento como uma reação ao bom desempenho da direita e da centro-direita nas eleições municipais de 2024. Na sua visão, o retrato deve ser semelhante em 2026, ano do próximo pleito.

“A direita dominou as eleições de 2024, e isso [esvaziamento do ato] já é um retrato da percepção de deputados e senadores”, avaliou o parlamentar. “Criou-se um cenário ruim para o governo federal, que está enfraquecido. Em 2026, o PT não estará sentado no Palácio do Planalto.”

Leia também: “Os exilados políticos do 8 de janeiro”, reportagem de Carlo Cauti publicada na Edição 229 da Revista Oeste

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