Sob a escuridão do palco, um homem reivindica a atenção do público. Divide o espaço com nada além de uma cadeira e um amontoado de refletores. Sua reputação o precede e pouco é necessário para assegurar o pacto com o espectador. Estamos na presença de uma figura nobre e preservada por séculos de dramaturgia. Um jovem príncipe que decide confiar suas angústias aos reles mortais. Mas dessa vez sua pele é negra e o manto real resgata religiões de matriz africana.
“Eu Sou um Hamlet” adiciona outra perspectiva às reflexões de William Shakespeare ao propor uma reparação histórica. A peça recupera o trabalho do dramaturgo inglês pela performance de Rodrigo França, que autoriza o personagem do século 17 a representar corpos historicamente excluídos.
Leia mais (01/15/2025 – 13h00)