O historiador Daniel Osowicki, que também é professor da StandWithUs Brasil, disse que a entrada de Donald Trump na Presidência dos Estados Unidos, que acontecerá em 20 de janeiro, deve mudar a visão geopolítica do mundo árabe e muçulmano. O docente comentou a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas durante entrevista ao Jornal da Oeste, nesta quinta-feira, 16.
“A pressão do próximo governo de Donald Trump já fez com que, nos últimos dias, a gente tenha um avanço muito significativo nas negociações”, disse Osowicki, sobre o acordo entre o Hamas e Israel. “O Hamas, mundo árabe e muçulmano sabem que Trump e Joe Biden [atual presidente dos EUA] não são a mesma coisa. A estrutura da política internacional com Donald Trump, não é a mesma com Biden.”
Nesta quarta-feira, 15, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de cessar-fogo para guerra, que ocorre na Faixa de Gaza. O tratado entra em vigor no próximo domingo, 19. Essa é a segunda trégua assinada entre as partes desde o começo do conflito, que começou em outubro de 2023. Na época, o grupo terrorista invadiu o território israelense e matou mais de 1,2 mil pessoas.
Trump espera acabar com o conflito
Para Osowicki, a entrada de Trump teve influência para o acordo de cessar-fogo, depois de mais de 450 dias de guerra. “O governo de Trump vai ter um objetivo de terminar com as guerras”, afirmou. “Acho que foi determinante a proximidade da entrada de Trump para que Hamas e Israel chegasse a esse acordo.”
A medida prevê ações que podem levar ao fim total da guerra, em fases. Todos os cerca de cem reféns, que continuam sob controle do Hamas, devem ser libertados, o acordo ainda estipula a retirada das tropas israelenses de Gaza e planos para o futuro do território, além da libertação de palestinos presos em Israel.
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Osowicki explicou que os EUA e os países da União Europeia acreditam que a medida é o primeiro passo para o fim do conflito. O historiador, porém, não confia que o acordo será o suficiente para encerrar a guerra.
“O objetivo do Hamas é a retirada total de Israel da Faixa de Gaza”, afirmou Osowicki. “A gente tem que lembrar também que, no começo da guerra, o objetivo do governo de Netanyahu [premiê de Israel] era eliminar por completo o domínio politico e militar do Hamas na Faixa de Gaza, e isso ainda está longe de acontecer. Eu ainda não poderia afirmar que esse acordo seja um fim definitivo para essa guerra.”
Confira a entrevista completa do historiador Daniel Osowicki ao Jornal da Oeste, no canal da Revista Oeste no YouTube. O programa transmitido ao vivo, de segunda-feira a sexta-feira, a partir das 16h.
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