Ao contrário do que esperavam os democratas, a nova administração do governo de Donald Trump nos Estados Unidos deve ter diversos membros da comunidade LGBT+. É o que afirma o futuro embaixador do país na Bélgica, Bill White, ao jornal americano The New York Post.
“Quando se trata de se você é gay ou hétero, negro ou branco e todos aqueles marcadores que outros calculam — o presidente Trump é cego para decisões”, disse White. “Ele baseia sua decisão no tipo de trabalho que ele sabe que você fará. E ponto final.”
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Entre as principais escolhas de Trump, devem estar:
- Scott Bessent, 62, secretário do Tesouro. Se confirmado, o gestor de fundos será o primeiro homossexual assumido de mais alta patente na história dos EUA;
- Ric Grenell, 58, enviado presidencial para missões especiais. Ele foi diretor de inteligência nacional de Trump durante seu primeiro mandato;
- Tammy Bruce, 62, nova porta-voz do Departamento de Estado. Ela era colaboradora da Fox News;
- Jacob Helberg, 35, subsecretário de Estado para o Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente;
- Bill White, 57, embaixador na Bélgica;
- Art Fisher, 49, embaixador na Áustria.
Além disso, uma fonte próxima a Trump disse ao jornal que pelo menos outras dez pessoas da comunidade LGBT+ estão cotadas para cargos importantes na administração do governo.
Em seu primeiro mandato como presidente dos Estados Unidos, Trump também escolheu pessoas assumidamente homossexuais para seu governo. É o caso de Randy Berry, embaixador no Nepal, e James Abbott, da Autoridade Federal de Relações Trabalhistas.
“Estou sentado aqui sabendo que o presidente Trump me escolheu porque ele acredita que eu sou o melhor candidato, não por causa da minha preferência sexual”, afirmou Bessent nesta quinta-feira, 16, durante cerimônia de confirmação do cargo. “Acho que é um tributo ao presidente Trump que ele olhe para as pessoas como pessoas.”
Ao The New York Post, um importante democrata da comunidade LGBT+ de Nova York disse que está satisfeito com as escolhas do presidente.
“É bom e espero que eles tenham um pouco de influência quando se tratar de questões que possam surgir relacionadas à igualdade de direitos, casamento e respeito aos direitos das pessoas trans”, afirmou.
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Escolhas de Trump contrariam oposição
As nomeações de Trump contrariam falas de democratas durante a corrida presidencial no ano passado. Em janeiro, por exemplo, o Philadelphia Inquirer disse que uma pessoa homossexual estaria comprando armas por medo de ser “colocada em campos de concentração” pelo republicano.
Além disso, a vice-presidente, Kamala Harris, argumentou que a “liberdade de amar quem você ama abertamente e com orgulho” estaria em jogo com a eleição de Trump.
Já a diretora sênior de política jurídica da Campanha pelos Direitos Humanos, Cathryn Oakley, afirmou: “Por mais horrível que a primeira presidência de Trump tenha sido para os americanos LGBTQ+, um segundo mandato seria ainda pior”.
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