Mulher entra na mira do Ibama depois de matar onça-parda

Um vídeo publicado nas redes sociais chamou atenção do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Na gravação, uma mulher atira com uma espingarda contra uma onça-parda que estava no alto de uma árvore. Ao cair, o animal foi atacado por quatro cachorros, que mataram o felino.

O flagrante foi publicado por Roberto Cabral, fiscal do Ibama, no último sábado, 18. O servidor pediu ajuda aos seus seguidores para identificar os envolvidos na filmagem. “Mais um caso de assassinato de onça; por favor, nos ajude a pegar estes dois”, pediu.

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Segundo nota enviada pelo Ibama, agentes do órgão trabalham para identificar, a princípio, o local onde o crime contra o mamífero ocorreu. Depois disso, os esforços se destinarão a buscar as pessoas expostas nas imagens.

Os envolvidos devem responder nas esferas cível e criminal. Matar animais silvestres é punido com detenção de seis meses a um ano e multa de R$ 5 mil. Maus-tratos, por sua vez, prevê pena de seis meses a um ano e multa de R$ 500 a R$ 3 mil.


Ibama alerta para preservação da onça-parda

A onça-parda (Puma concolor) é o segundo maior felino do Brasil, presente em todos os biomas nacionais e amplamente distribuída do Canadá à América do Sul.

Esse animal se adapta a uma variedade de habitats, como florestas, savanas, áreas abertas e até ambientes alterados, como pastagens e plantações.

Solitária por natureza, destaca-se por sua agilidade, vocalizações similares a miados e uma dieta diversificada, que no Brasil é composta majoritariamente de presas de pequeno a médio porte. Sua pelagem varia conforme o habitat e a idade, e ela difere de outros grandes felinos por não rugir.

Apesar de sua adaptabilidade, a onça-parda enfrenta graves ameaças, como a perda de habitat por causa ao crescimento urbano desordenado, atividades humanas e redução das populações de suas presas habituais.

A divisão do habitat da onça-parda aumenta os conflitos com as pessoas, o que leva a casos em que ela é morta em retaliação ou mesmo por atropelamento.

Além disso, ela fica mais exposta a doenças transmitidas por cães e gatos. Como a reprodução da espécie é lenta e as populações já são naturalmente pequenas, essas ameaças se tornam ainda mais graves.

Leia também: “Ambientalistas que não se importam com o meio ambiente”, artigo de Theodore Dalrymple publicado na Edição 92 da Revista Oeste

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