O retorno de Donald Trump à Casa Branca animou as principais instituições financeiras privadas dos Estados Unidos a mudar de rota. Bancos e gestores de ativos norte-americanos decidiram pisar no freio em relação às metas ecológicas. As empresas devem reduzir seu apoio principalmente às redes de ação climática, bandeira usada politicamente por democratas e por governos de esquerda, como o do Brasil.
Um mês antes da posse do republicano, que ocorreu nesta segunda-feira, 20, os seis maiores bancos dos EUA, incluindo o J.P. Morgan e o Goldman Sachs, deixaram a Net Zero Banking Alliance. Enquanto isso, a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, descontinuou uma iniciativa similar. Na sexta-feira 17, o Federal Reserve, o Fed, que funciona como um banco central, desligou-se de um grupo de reguladores que supostamente estudava o risco da mudança climática.
Bancos: mais distantes da pressão progressista
O movimento ocorre depois de anos de crescente pressão política e jurídica para se livrar de algumas amarras ambientais, sociais e de governança impostas pelas correntes progressistas. Os grupos climáticos, parte deles financiada pela esquerda, incentivaram metas para reduzir as emissões de carbono e financiar a transição para a economia verde.
Além das empresas, o próprio presidente Trump combateu o discurso e as imposições do antigo governo para buscar políticas de mudança climática. “O ambiente político mudou radicalmente”, diz Shivaram Rajgopal, professor da Columbia Business School, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
O especialista afirma: “Se você for o diretor de um desses bancos e permanecer em uma dessas alianças, estará se expondo ao risco de litígio. É como se você tivesse um alvo nas suas costas”. A reorientação das companhias se alinha a um padrão de medidas que várias empresas assumem diante de uma gestão mais liberal por parte de Trump.
Este mês, o gigante da mídia social Meta encerrou seu programa de verificação de fatos. Diversas outras empresas, de setores diferentes, vêm anunciando a interrupção em programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), outra bandeira imposta indiretamente pela esquerda.
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