Israel: ex-reféns do Hamas ficaram em instalações da ONU em Gaza

No dia 7 de outubro de 2023, o Hamas sequestrou Romi Gonen, Emily Damari e Doron Steinbrecher, durante os ataques em Israel. Agora libertas, as reféns relataram suas experiências de cativeiro em Gaza, onde, entre outros locais, foram mantidas em instalações administradas pela agência da ONU de assistência a refugiados palestinos, a UNRWA — destinadas a civis da Palestina.

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As mulheres relataram o caso para a mídia israelense, logo depois da libertação, no último domingo, 19. Tudo ocorreu como parte do acordo de cessar-fogo entre as partes. Diante da informação, o governo de Israel expressou indignação e afirmou que a “ONU se recusa a condenar o Hamas por esconder reféns em espaços civis”.


“As ex-reféns Romi, Emily e Doron foram mantidas em abrigos das Nações Unidas em Gaza, que deveriam ser destinados a civis”, escreve o perfil do governo de Israel no Twitter/X.

Israel e o uso de instalações da ONU pelo Hamas

Israel confirma quebra de acordo com órgão da ONU
Placa do escritório regional da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) | Foto: RomanDeckert/Wikimedia Commons

A emissora israelense Channel 13 reportou, inicialmente, o uso das instalações da ONU por parte do Hamas. O canal destacou que o grupo terrorista utilizou abrigos da UNRWA para proteger reféns, ciente de que as Forças de Defesa de Israel (FDI) evitariam atacar locais civis.

Acusações de que instalações da ONU em Gaza são alvo de atividades terroristas não são novidade. Desde 2014, Israel denuncia a utilização de escolas e abrigos da UNRWA pelo Hamas.

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Depois dos ataques de 7 de outubro, o governo israelense intensificou essas acusações. O país alegou haver cooperação de indivíduos da organização com o Hamas, incluindo participação nos ataques contra Israel.

Controvérsia e resposta da ONU

Apesar dos argumentos de Israel, a ONU ainda não tomou medidas contra o Hamas, o que coloca em cheque a imparcialidade da UNRWA em Gaza. Primordialmente, a agência tem a responsabilidade de fornecer assistência humanitária e gerenciar abrigos e escolas na região.

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Israel afirma que o Hamas explora essas instalações para armazenamento de armas e construção de túneis. Depois da libertação das primeiras reféns, o Ministério da Saúde de Israel implementou um protocolo de atendimento para sobreviventes, com exames médicos, avaliações psiquiátricas e testes específicos, como gravidez.

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