Trump exige desculpas de bispa que o criticou: ‘Desagradável’

O presidente Donald Trump exigiu um pedido de desculpas da bispa episcopal anglicana Mariann Edgar Budde, a quem chamou de “desagradável”. A religiosa criticou o republicano durante um sermão em uma missa nesta terça-feira, 21.

Na celebração, a bispa pediu a compaixão do presidente para com os imigrantes ilegais e a comunidade LGBT dos Estados Unidos. “Em nome de nosso Deus, peço-lhe que tenha misericórdia do povo em nosso país”, clamou.

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“Existem crianças gays, lésbicas e transgêneros em famílias democratas, republicanas e independentes, algumas que temem por suas vidas”, disse. Em referência aos imigrantes, Budde declarou que a “grande maioria” deles não é criminosa e que “pagam impostos e são bons vizinhos”.

“Peço-lhe, Sr. Presidente, que tenha misericórdia daquelas pessoas em nossas comunidades cujos filhos temem que seus pais sejam levados, e que ajude aqueles que estão fugindo de zonas de guerra e perseguições em suas terras a encontrar compaixão e acolhimento aqui”, suplicou Budde.

Trump rebate críticas de bispa

Trump, por sua vez, demonstrou seu descontentamento com a declaração e chamou a bispa de “radical de esquerda” e “crítica ferrenha” de seu governo. “Ela trouxe sua igreja para o mundo da política de maneira muito pouco graciosa”, criticou o presidente.

“Seu tom foi desagradável, e ela não foi convincente nem inteligente”, avaliou Trump, que acredita que ela e sua igreja “devem um pedido de desculpas ao público”. “Além de suas declarações inadequadas, a pregação foi muito entediante e nada inspiradora.”



Para o republicano, a bispa falhou em deixar de mencionar “o grande número de imigrantes ilegais que entraram em nosso país e mataram pessoas”, segundo Trump. “Muitos foram enviados de prisões e instituições psiquiátricas, há uma onda gigante de crimes acontecendo nos EUA.”

Mariann Edgar Budde é bispa da Diocese Episcopal de Washington desde 2011, a primeira mulher a ocupar esta posição. Nascida em 1959, ela é conhecida por seu ativismo à esquerda, como a defesa da tese do racismo estrutural, do desarmamento civil, de crianças LGBTQ+ e da reforma migratória nos Estados Unidos.

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