A reforma administrativa proposta pelo prefeito do Recife (PE), João Campos (PSB), foi aprovada pela Câmara Municipal da cidade, na última semana. Com isso, a prefeitura passou a contar com 3,5 mil cargos comissionados. O número supera os 3,3 mil do governo de Pernambuco, sob a liderança da governadora Raquel Lyra (PSDB).
![Raquel Lyra](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2022/10/raquel-lyra-psdb-1024x682.jpg)
Esse tipo de cargo costuma ser utilizado para alocar aliados políticos. Entre as nomeações recentes de Campos estão, por exemplo, figuras como Vinicius Castello (PSB), que concorreu à Prefeitura de Olinda (PE) e perdeu para Mirella Almeida (PSD).
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Críticos de João Campos, como Eduardo Inojosa (Novo), suplente de vereador no Recife, expressam preocupação com o aumento de cargos. Ao jornal Folha de S.Paulo, ele destacou um impacto financeiro anual de R$ 69,7 milhões, em razão das nomeações. Ele ainda afirmou que “esses cargos são cabides de emprego, cabides de eleição”.
![João Campos e Lula aparecem sorrindo em foto posada, em ato de campanha das eleições gerais de 2022](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2024/07/Joao-Campos-e-Lula-ato-de-campanha-de-2022.jpg)
Inojosa também ressaltou que a proporção de cargos comissionados por habitante no Recife é 636% maior do que no governo estadual. A prefeitura, por sua vez, defende que a reforma representa menos de 1% da receita corrente líquida do município.
A administração municipal ainda afirma que a nova estrutura busca adequar a máquina pública às demandas da cidade ao promover a expansão de serviços essenciais.
Justificativas de João Campos
A Prefeitura do Recife afirmou que, de 2021 a 2025, criou mais de 3 mil cargos efetivos por meio de concursos públicos. A administração municipal ainda informou que visa a aumentar a eficiência dos serviços.
Ainda segundo a administração municipal, a reforma tem o objetivo de redimensionar as forças de trabalho para atender plenamente às necessidades crescentes da população.
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