Corregedoria indicia 17 PMs por envolvimento na morte de delator do PCC

A Corregedoria da Polícia Militar (PM) indiciou nesta quinta-feira, 30, todos os 17 policiais suspeitos de participar do assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi morto no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro do ano passado.

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Destes, 14 eram responsáveis pela escolta de Gritzbach e foram acusados de envolvimento em organização criminosa. Os outros três policiais, diretamente implicados na execução do crime, responderão pelo artigo 150 do Código Penal Militar. O texto se refere ao uso de material bélico da polícia para a prática de violência.

A PM afirma que o assassinato foi encomendado por dois criminosos do PCC, que, além de atuarem no tráfico de drogas, também realizavam lavagem de dinheiro. Em nota, a polícia destaca que investiga rigorosamente o envolvimento de seus membros com o crime organizado. A Corregedoria da PM afirma que o inquérito do caso deve ser concluído nos próximos dias e encaminhado para a Justiça Militar.

Delator revelou envolvimento de policiais com o PCC

Ao todo, 26 pessoas já foram detidas por envolvimento no caso. Além dos 17 policiais militares, cinco policiais civis e quatro pessoas relacionados ao homem apontado como “olheiro” do crime, que permanece foragido, estão presos. 

A PM informou que o delator revelou o envolvimento de policiais de SP com integrantes do PCC em depoimento poucos dias antes de ser assassinado. O delator também teria prometido, no acordo, entregar a “hierarquia” da operação envolvendo a facção criminosa e os policiais.

A investigação que culminou na prisão dos policiais começou depois de uma denúncia anônima recebida em março do ano passado sobre o vazamento de informações sigilosas da polícia que favoreciam criminosos ligados à facção. O objetivo era evitar prisões e prejuízos financeiros do grupo criminoso.

Segundo a Corregedoria, informações estratégicas eram vazadas e vendidas por policiais militares da ativa e da reserva para integrantes do PCC. Um dos beneficiados pelo esquema era Gritzbach.

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