Uma praga em plantações de mandioca no Amapá e no Pará colocou o governo federal em alerta. Trata-se da Rhizoctonia theobromae, o causador da doença vassoura-de-bruxa nesses vegetais. Seu surgimento levou o Ministério da Agricultura (Mapa) a declarar emergência sanitária nos dois estados.
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O Mapa publicou a portaria com a decisão na quinta-feira, dia 30. A praga é um fungo que pode comprometer as plantações de mandioca, uma das principais fontes de nutrientes para a população indígena local.
A praga na mandioca
Com a contaminação, as plantas ficam secas e deformadas, com dificuldade de crescimento. Além disso, os ramos tornam-se frágeis e finos no caule, semelhantes a uma vassoura velha, daí o nome “vassoura-de-bruxa”. O fungo pode matar o vegetal.
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) confirmaram as primeiras contaminações na praga no Brasil em lavouras de mandioca em terras indígenas no município de Oiapoque, Amapá, no fim de 2024. O local faz fronteira com a Guiana Francesa. O órgão relatou ter encontrado vestígios da doença em 14 aldeias da região.
Atualmente, Oiapoque é o maior produtor de mandioca do Amapá. O município responde por cerca de 13% da colheita da cultura no Estado, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Um dos poucos cultivos locais, esse alimento representa quase 80% da safra municipal.
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