Em entrevista ao Jornal da Oeste desta sexta-feira, 7, o especialista em segurança pública capitão Marcondes Medeiros explicou os próximos passos da investigação sobre o acidente aéreo que ocorreu em São Paulo (SP). A aeronave, que tinha como destino Porto Alegre, transportava duas pessoas caiu na Avenida Marquês de São Vicente, no bairro da Barra Funda. Ambos morreram.
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“A parte burocrática, a investigação e a perícia são todas feitas pelo Cenipa [Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos]”, afirmou Medeiros. “O órgão vai fazer a análise, ver o que pode ter dado errado e o que levou à queda da aeronave.”
Ainda segundo o especialista, as maiores causas de quedas de aviões, como essa de SP, são problemas técnicos ou de manutenção e falhas humanas. “Assim que o piloto verifica um problema na aeronave, ele tem que procurar uma área de menor risco e impacto para a população”, explicou. “Provavelmente, foi o que o piloto ele tentou fazer.”
As vítimas
O piloto era Gustavo Carneiro Medeiros, de 44 anos. Conforme seu perfil no LinkedIn era formado ciências aeronáuticas pela PUC-RS. Ele acumulava 3.819 horas de voo como copiloto do modelo Embraer 190, usado em voos domésticos, e 1.912 horas como comandante de ATR, aviões de transporte regional.
Já o passageiro era o empresário e advogado Márcio Louzada Carpena, de 49 anos. Pai de três menores de idade, ele era professor licenciado da PUC e ministrava palestras motivacionais.
Como agir numa situação como essa em SP
Especialista em segurança pública, o capitão Medeiros ainda explicou como a população deve agir em casos como esse. Segundo ele, o indicado a se fazer é manter a calma e garantir as melhores condições para que as equipes de segurança trabalhem no local.
Aproximar-se da área do acidente e desrespeitar isolamentos impostos por forças de segurança atrapalham o trabalho dos agentes. “Da parte de polícia, bombeiro e Defesa Civil é o socorro, isolamento da área, evitar que danos se alastrem e que algum colateral possa gerar mais vítimas”, afirmou
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“Depois que um acidente já ocorreu, é melhor garantir as melhores condições para que as equipes de segurança trabalhem no local. Às vezes, pode ter um produto perigoso no chão, algum potencial a mais de dano, e as pessoas se aproximam.”
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