Nesta quinta-feira, 6, servidores do Ministério da Cultura manifestaram insatisfação com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tombamento de imóveis históricos.
As afirmações do petista ocorreram depois do desabamento do teto da Igreja de São Francisco, em Salvador. O acidente resultou na morte da turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos, natural de Ribeirão Preto (SP).
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Lula afirmou que faltam recursos para a conservação de patrimônios históricos. “Você tomba e a coisa vai apodrecendo, vai envelhecendo, vai caindo”, disse. “Então, para que tombar, se não há responsabilidade de cuidar?”
Os servidores consideraram as declarações de Lula uma demonstração de desconhecimento sobre as leis de preservação cultural e sobre a Constituição de 1988. Em carta, o Fórum das Associações dos Servidores de Cultura expressou preocupação com a fala.
Servidores criticam Lula
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“Lamentamos que o nosso dirigente máximo desconheça as demandas relacionadas à ampliação de orçamento e quadro de pessoal que nós servidores temos apresentado há anos para poder cumprir com os deveres do Estado na preservação do patrimônio cultural nacional, garantidos na Constituição de 1988”, afirmou o fórum.
O órgão também informou que as palavras de Lula podem intensificar ataques ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e criticou a ausência de ações para reverter o desmonte do setor cultural.
Na Bahia, o Iphan enfrenta a carência de profissionais e conta com apenas dez funcionários capacitados em arquitetura e engenharia para supervisionar cerca de 9 mil imóveis, além de outras atividades. Os servidores destacam a ausência de um plano de carreira estruturado e a evasão de funcionários.
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