‘A diferença social na Argentina mudou da água para o vinho’, avalia economista

Nesta segunda-feira, 10, o governo de Javier Milei, na Argentina, completa um ano e dois meses. Desde o começo do mandato, o libertário fez mudanças significativas para o país, com o objetivo de tirar o peso do Estado de cima da população. Um exemplo disso foi o corte do gasto público em 5% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Outro ponto foi a redução de 18 para nove ministérios. Essas e outras medidas fizeram com que “a diferença social na Argentina mudasse da água para o vinho”. É o que avalia o economista Fabio Giambiagi, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

Fabio Giambiagi, pesquisador da FGV, falou sobre o primeiro ano de Milei como presidente da Argentina | Foto: Divulgação/FGV
Fabio Giambiagi, pesquisador da FGV, falou sobre o primeiro ano de Milei como presidente da Argentina | Foto: Divulgação/FGV

Pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Giambiagi antes era cético em relação à capacidade de Milei em ter sucesso na condução econômica do país. Agora, contudo, ele afirma que os resultados das políticas adotadas pelo presidente argentino foram melhores do que o esperado. “O primeiro ano do governo foi certamente muito positivo”, disse.

“Pobreza na Argentina pode cair”, afirma economista

Ele ainda afirma que, apesar de o nível de pobreza no país ter atingido 52,9% no primeiro semestre de 2024, é provável que o indicador tenha caído na segunda metade daquele ano.

De acordo com o economista, “é razoável imaginar que, na mensuração de dezembro, haverá uma queda nesse número”. “A mensuração segue outros indicadores”, disse. “Por exemplo, os salários: houve perda inicial grande, mas eles já estão em recuperação.”

Entretanto, Giambiagi afirma que o governo Milei ainda será submetido a um grande teste quando retirar as restrições ao câmbio que vigoram hoje. “Quando isso for feito, a inflação poderá voltar a subir”, explica. “A prova vai ser quando o câmbio for livre, como ocorreu conosco em janeiro de 1999. Inicialmente, enfrentamos um ceticismo grande, mas o país passou com sucesso no teste.”

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