Suspeita de envenenar família com bolo no RS morre na prisão

Uma detenta da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, que fica localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira, 13.

O delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, identificou a mulher como Deise Moura dos Anjos. Presa sob suspeita de assassinar três pessoas com um bolo envenenado com arsênio em Torres, no Litoral. Deise também era investigada pela morte do sogro em setembro de 2024. As autoridades apontam suicídio como causa provável.

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A Polícia Penal informou por meio de nota que a detenta foi achada “sem sinais vitais” durante a conferência matinal na unidade prisional. Os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). A equipe confirmou o óbito no local. Segundo o Samu, a morte ocorreu por “asfixia mecânica autoinfligida”. Deise estava sozinha na cela. A Polícia Civil e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) investigarão as circunstâncias do caso.

A suspeita foi presa no dia 5 de janeiro

A mulher foi presa em 5 de janeiro e permaneceu no Presídio Estadual Feminino de Torres até 6 de fevereiro. No entanto, foi transferida para Guaíba por questões de segurança.

A investigação revelou que sete pessoas da mesma família se reuniram para um café da tarde poucos dias antes do Natal. Durante o encontro, passaram mal depois de ingerir fatias do bolo. Zeli dos Anjos, sogra de Deise e apontada como o alvo do envenenamento, levou o doce preparado em Arroio do Sal para Torres. Ela também passou mal e precisou de atendimento hospitalar.

Bolo com arsênio Torres (RS); Rio Grande do Sul
O bolo envenenado foi servido em uma reunião de família | Foto: Reprodução/Polícia Civil

Três mulheres morreram em poucas horas. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva sofreram paradas cardiorrespiratórias, conforme relatado pelo hospital. Neuza Denize Silva dos Anjos morreu em decorrência de “choque pós-intoxicação alimentar”.

Deise Moura tinha sido a única pessoa da família a não comer o bolo envenenado

Zeli sobreviveu e recebeu alta em janeiro deste ano. O delegado Marcus Veloso, responsável pela investigação, afirmou que ela foi a única a consumir duas fatias do bolo. Uma criança de 10 anos também sobreviveu e já teve alta.

Com a descoberta do envenenamento, a polícia passou a investigar a morte de Paulo Luiz dos Anjos, sogro de Deise, que morreu em setembro do ano passado. Inicialmente, a causa da morte foi atribuída a uma infecção intestinal. No entanto, exames realizados depois da exumação do corpo identificaram a presença de arsênio em seu organismo. O homem ingeriu bananas e leite em pó levados por Deise para sua casa. A hipótese de envenenamento deliberado se fortaleceu.

O delegado Veloso destacou que Zeli era o principal alvo de Deise. A suspeita esteve presente em 2 de setembro, quando preparou um café com leite em pó consumido pelo casal. Posteriormente, também estava na residência em que o bolo envenenado foi servido. A investigação buscava entender se os crimes seguiam um padrão de homicídios em série.

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