A retomada de publicidade estatal em jornais e revistas alinhados ao PT

Depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal voltaram a investir em veículos alinhados ao Partido dos Trabalhadores (PT).

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Anteriormente, desde meados de 2016, depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), as instituições haviam cessado as campanhas publicitárias nesses meios.

De 2023 a 2024, contudo, os bancos voltaram a investir nesses veículos, além de incluir a revista Carta Capital e o site GGN.

Campanhas publicitárias para veículos alinhados ao PT começaram em 2023

As campanhas publicitárias para a Carta Capital e para o site Brasil 247 começaram em julho de 2023. Enquanto os sites Opera Mundi e DCM, além do jornal GGN, passaram a receber anúncios em junho do mesmo ano.

A escolha dos veículos para publicidade é feita pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom). A distribuição dos recursos, por sua vez, é decidida pelos próprios bancos. 

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a Caixa Econômica Federal investiu mais de R$ 360 milhões em publicidade de janeiro a novembro de 2024. O Banco do Brasil, por sua vez, destinou R$ 595 milhões para publicidade ao longo de 2024.

Outros veículos de grande circulação, como a Folha, O Estado de S. Paulo, O Globo, e emissoras de TV como Globo, Record, Band e SBT, também recebem verbas publicitárias do governo.

O novo ministro da Secretaria de Comunicação do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Sidônio Palmeira
O novo ministro da Secretaria de Comunicação do governo Luiz Inácio Lula da Silva, Sidônio Palmeira | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Apesar de mudanças no comando da Caixa, agora presidida por Carlos Antonio Vieira Fernandes, o investimento em mídias vistas como favoráveis ao PT continuou.

O que dizem as instituições

A Caixa afirmou à Folha que “os critérios de escolha de cada veículo de comunicação, a negociação comercial praticada e os objetivos a serem alcançados com cada publicação são consideradas informações estratégicas”.

Já o Banco do Brasil declarou à Folha que a estratégia digital “é orientada por dados e baseada nas melhores práticas de mercado”. 

“A definição dos veículos e plataformas que compõem o plano de mídia considera uma série de variáveis técnicas, como audiência, segmentação, segurança de marca e performance, sempre alinhadas aos objetivos institucionais do banco”, alegou o Banco do Brasil.

O Brasil 247 disse à Folha que “cortes unilaterais de publicidade” durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) contrariaram critérios técnicos. Também causaram prejuízos aos órgãos públicos.

A Carta Capital também afirmou à Folha que “toda publicidade de anunciantes do setor público veiculada à revista segue rigorosamente os critérios legais e de transparência estabelecidos”.

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