Cerca de 65% dos hotéis de São Paulo devem ficar ocupados durante o Carnaval

De acordo com o levantamento da Federação dos Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp), cerca de 65% do setor hoteleiro da capital e do interior devem ficar ocupados durante o Carnaval. O número é ainda mais alto no litoral paulista: 85%. A previsão considera o período de 28 de fevereiro a 5 de março.

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O impacto econômico do Carnaval está distribuído entre várias ramificações do mercado. Durante esse período, é comum que a arrecadação e o fluxo de capital aumente, uma vez que a demanda por itens de consumo aumentam — tais como alimentação e bebidas.

Um levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostrou que, entre os produtos mais consumidos durante as festividades, o whisky é o item que mais sofre com incidência de tributos (56,4%). O chope (44,39%), a caipirinha (43,89%) e a cachaça (43,86%) são outras bebidas com um nível elevado de tributação.

Segundo o diretor de planejamento estratégico da Fhoresp, Enio Miranda, o Carnaval se tornou uma data economicamente importante para o Brasil. O executivo afirmou que o turismo durante esse período aumenta e a injeção de capital estrangeiro também.

“O Carnaval está cada vez mais consolidado no calendário de eventos do brasileiro e, também, dos turistas estrangeiros”, afirmou Miranda, em nota. “Os dados da Federação mostram que o período festivo impacta de maneira positiva as mais diversas regiões do nosso Estado, com injeção de recursos no segmento econômico em geral”, destaca.

A projeção de ocupação de 85% do setor hoteleiro no litoral paulista deve-se a dois motivos. O primeiro é que muitas famílias procuram as praias para descansar e evitar as folias da capital. Ocorre que, ao mesmo tempo, muitos jovens também escolhem a praia para passar o período.

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Litoral paulista | Foto: Reprodução/Wikipedia

A pulverização do Carnaval na cidade de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo estima um público de 16 milhões de pessoas durante o Carnaval. Desse total, 1,5 milhão são turistas. As festividades devem movimentar mais de 60 blocos de rua pelos bairros da capital, além dos desfiles no Sambódromo do Anhembi.

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Sambódromo do Anhembi vai receber os desfiles das escolas de samba durante o Carnaval | Foto: Reprodução/Wikipedia

O diretor de jogos e de hospitalidade da Fhoresp, Bruno Omori, observa que as festividades movimentam outras vertentes econômicas. Alguns setores influenciados pelo Carnaval são: organização de eventos, decoração, entretenimento e comércio de vestuário e de adereços.

“Ao menos R$ 6 bilhões, de forma direta, devem ser injetados na Economia paulista”, afirmou Omori.

Geração de empregos temporários

O Carnaval de 2025 deve criar cerca de 300 mil postos temporários. Esse número vale tanto para o interior quanto para o litoral de São Paulo.

Segundo o coordenador do Núcleo de Pesquisa da Fhoresp, Luís Carlos Burbano, os setores de alimentação, hospedagem e de transporte são os que mais demandam mão-de-obra sazonal.

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Os empregos temporários como garçons, cozinheiros, camareiras, recepcionistas, motoristas e pessoal de apoio crescem durante o período | Foto: Agência Brasil/Edson Lopes Jr

“Estes empregos, embora temporários, geram renda imediata para milhares de famílias, contribuindo para a dinamização da economia local”, destaca Burbano.

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