Justiça condena hospital por esquecer esponja cirúrgica no corpo de paciente

A Justiça determinou que o governo de São Paulo pague uma indenização de R$ 30 mil a um idoso que foi submetido a uma cirurgia no Hospital Santa Marcelina, no bairro de Itaquera, na capital paulista.

+ Leia mais notícias do Brasil em Oeste

O paciente, diagnosticado com síndrome de Fournier, foi operado em junho de 2021. Dois meses depois, ele foi levado ao pronto-socorro devido a uma hemorragia. Ao ser examinado, descobriu-se que a equipe médica havia deixado uma esponja cirúrgica em sua cavidade abdominal. 


Fixada à parede do abdômen, a esponja impedia o fechamento do corte e a cicatrização completa. O paciente precisou ser submetido, com urgência, a uma nova cirurgia, de acordo com a apuração do jornal Folha de S.Paulo.

Defesa do hospital diz que não houve dolo

Na ação judicial, os advogados do idoso afirmaram que, em uma tentativa de encobrir o erro, os médicos registraram no prontuário do paciente que ele havia passado por uma cirurgia plástica, sem mencionar o esquecimento da esponja.

Em sua defesa, o governo paulista alegou que o paciente recebeu o tratamento médico adequado e que nunca esteve desassistido, “não sofrendo sequelas ou danos estéticos e psicológicos”. O Estado alegou também que não houve dolo, ou seja, ação intencional.


Porém, ao condenar o governo paulista, o juiz Marcelo Sérgio, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, afirmou que uma perícia comprovou a “falha técnica”. 

“Destacou o laudo que houve falha na prestação do serviço e inobservância técnica capaz de produzir dano à vida e à saúde, especificamente pelo esquecimento de corpo estranho aderido à parede abdominal do paciente”, diz a sentença.

O juiz apontou ainda que o erro resultou em uma nova internação e cirurgia para remover o corpo estranho, além de drenagem abdominal, fistulotomia e reconstrução intestinal. O governo ainda pode recorrer da decisão.

O post Justiça condena hospital por esquecer esponja cirúrgica no corpo de paciente apareceu primeiro em Revista Oeste.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.