ADPF das Favelas causa conflitos nas bases de Castro e Paes no Rio de Janeiro

Com o protagonismo da segurança pública nas discussões sobre as eleições estaduais de 2026, as bases Eduardo Paes (PSD) e Cláudio Castro (PL) enfrentam conflitos. Em 2020, o PSB ajuizou a ADPF das Favelas, determinando que operações policiais no Rio de Janeiro ocorram apenas em casos excepcionais.

Eduardo Paes (PSD-RJ), prefeito do Rio, critica a medida, afirmando que o Supremo Tribunal Federal (STF) não deveria definir as circunstâncias de tais operações.

Ele também argumenta que o governo estadual usa a ADPF como pretexto para não enfrentar os problemas de segurança pública, especialmente em áreas fora das favelas, como os bairros ocupados pelo “Complexo de Israel”.

Já p governador Cláudio Castro (PL-RJ) intensificou suas ações e discursos sobre segurança, buscando liderar o debate. Para não ceder espaço a Paes, Castro tem feito discursos contundentes sobre a necessidade de operações policiais mais eficazes, criticando restrições como a exigência de “extraordinariedade” para incursões em favelas.

Além disso, o governo estadual criou uma agência de notícias para divulgar o trabalho policial e criticar leis penais consideradas brandas.

Outros posicionamentos sobre a ADPF no Rio de Janeiro

Vista geral da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, em alusão à nota sobre a violência no Estado
Vista geral da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro | Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

No PSB, Alessandro Molon (PSB-RJ), interessado em disputar uma vaga no Senado, evita criticar diretamente Paes. Contudo, enfrenta pressões de opositores que utilizam a ADPF como argumento político contra ele.

No PT, Marcelo Freixo (PT-RJ), presidente da Embratur, defende a ADPF, mas concentra suas críticas no governador Castro, sem mencionar Paes diretamente em suas declarações públicas.

Apesar das restrições da ADPF, operações policiais continuam no Rio. Um estudo do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) alega que, entre 2021 e 2024, houve um aumento no número de operações e uma redução na letalidade, o que desafia críticas de que a ADPF prejudica a eficácia das ações policiais.

Freixo, em vídeo recente, declarou: “Operação tem que ter planejamento, feito com o rigor da lei, feito com capacidade de combater o crime, e não desajustar completamente a vida de uma comunidade inteira.”” Ele destacou a importância de uma liderança pública forte, criticando a ausência de um governador que sirva de exemplo para a polícia.”

Por outro lado, Castro adota uma postura mais independente, tentando defender sua gestão.

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