A Administração Geral de Aduanas da China (GACC) anunciou, nesta segunda-feira, 3, a suspensão temporária das importações de carne bovina de três frigoríficos brasileiros. A decisão ocorre dois meses depois de Pequim começar o processo de salvaguardas sobre suas aquisições da proteína.
O ato atinge uma unidade da JBS em Mozarlândia (GO), uma da Frisa em Nanuque (MG) e uma da Bon-Mart em Presidente Prudente (SP). A JBS informou que trata do assunto por meio da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abiec).
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Fontes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmaram que o governo brasileiro recebeu uma notificação da China. O Mapa trabalha na tradução do documento para entender os motivos das suspensões.
A Abiec informou que auditorias remotas da GACC identificaram conflitos em relação aos requisitos chineses. Com isso, a aduana suspendeu temporariamente as importações desses frigoríficos a partir de 3 de março de 2025.
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“Importante destacar que os demais estabelecimentos habilitados seguem operando normalmente, assegurando o fluxo das exportações de carne bovina brasileira ao mercado chinês”, alega a entidade.
As empresas afetadas foram notificadas e adotam medidas corretivas para atender às exigências sanitárias da China. A Abiec afirmou que, em parceria com o Mapa, segue em diálogo com as autoridades do país para resolver a situação rapidamente.
Em 2024, a China comprou 46% da carne bovina in natura exportada pelo Brasil, totalizando 1,33 milhão de toneladas e US$ 6 bilhões em faturamento.
China abre investigação sobre a importação de carne bovina
Nesse sentido, a suspensão também afeta duas empresas na Argentina, uma no Uruguai e outra na Mongólia. O governo chinês esclareceu que essa medida não tem relação com a investigação sobre salvaguardas na importação de carne bovina.
Além disso, a China começou a investigação depois de um aumento significativo das importações do produto. Empresas e produtores chineses pediram a abertura do processo, alegando um surto imprevisto de importação.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) prevê medidas protecionistas como mecanismo de defesa comercial. Com isso, a China pode sobretaxar a carne bovina ou impor cotas de importação. O processo está em andamento e pode durar até um ano.
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