A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) contra o coletivo de comunicação ligado à esquerda Mídia Ninja.
Zambelli alega que o coletivo Mídia Ninja teria recebido recursos públicos de forma indevida, contrariando declarações anteriores de que não teria financiamento estatal.
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A parlamentar cita nas denúncias informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, as quais indicam que o Mídia Ninja teria sido beneficiado com repasses do governo Lula através de organizações não governamentais (ONGs).
Zambelli aponta que duas entidades vinculadas à Mídia Ninja teriam recebido aproximadamente R$ 4 milhões por meio de convênios, emendas parlamentares e incentivos fiscais durante o governo Lula.
Segundo a deputada federal, esse tipo de financiamento pode configurar desvio de finalidade e precisa ser investigado pelos órgãos de controle.
“Em 2017, uma ex-integrante do coletivo fez graves denúncias do grupo, incluindo: apropriação indevida do trabalho, exploração de uma forma ‘pós-moderna’ de mão de obra escrava e ameaças às pessoas que tentavam se desligar do grupo”, destacou.
Diante das acusações, a parlamentar pede que representantes do Mídia Ninja e do Ministério da Cultura prestem esclarecimentos sobre os repasses de recursos e a suposta irregularidade na destinação do dinheiro público.
Mídia Ninja fez campanha em favor de Lula
O Mídia Ninja tem na liderança o ativista Pablo Capilé, que apoiou Lula oficialmente à presidência, em 2022. Capilé admite que fez campanha para “virar votos”. Ao anunciar a vitória do petista sobre o então presidente Jair Bolsonaro (PL), ele escreveu “vencemos” em uma publicação.
As ONGs, informa o jornal, negam vínculo político com o governo. Dizem, principalmente, manter apenas parcerias com o site de esquerda. As páginas oficiais do movimento Mídia Ninja somam quase 7 milhões de seguidores nas principais redes sociais (4,6 milhões no Instagram, 1,2 milhão no YouTube e 1 milhão no Twitter/X).
Ouvido pelo Estadão, o cientista político e professor do Insper Leandro Consentino avalia que a absorção das militâncias digitais por campanhas é uma tendência na política, mas o pagamento indireto a movimentos precisa ser visto como ponto de atenção.
“Há questionamentos importantes com relação à legitimidade. Primeiro, quanto à natureza desse movimento que diz não receber verbas públicas, mas que recebe.
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