O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, usou seu perfil na rede social Twitter/X para destacar, nesta quarta-feira, 19, uma entrevista da capitã da Polícia Militar Jaqueline Pereira ao programa Encontro com Patrícia Poeta, na TV Globo.
Em sua postagem, Derrite escreveu: “Desabafo forte que representa o sentimento do policial. A capitã Jaqueline falou exatamente o que precisa ser dito. O trabalho da polícia é realizado de maneira exemplar e por várias vezes os criminosos são apresentados à Justiça, mas são liberados em pouco tempo”.
Capitã exibe ficha de criminoso e impressiona apresentadora
A afirmação de Derrite fazia referência a uma resposta que a capitã deu a Patrícia Poeta ao relacionar alguns desafios da PM. A capitã explicou que o maior problema no trabalho atual da polícia é a reincidência criminal. Conforme a militar, “todos os bandidos, nos seus 99%, quando a gente faz a prisão, já têm passagem criminal”.
Na entrevista, Patrícia Poeta pergunta à capitã se a polícia prende e a justiça manda soltar. A porta-voz da PM diz “exatamente”. Em seguida, a capitã, para reforçar o seu desabafo em relação à cultura da impunidade, mostra à apresentadora um grande rolo de papel e explica. “Isso aqui é a ficha criminal de um indivíduo que atua no bairro do Ipiranga”.
A capitã acrescenta que o criminoso foi preso por 16 vezes. Ao desenrolar no chão a ficha do bandido, a apresentadora Patrícia Poeta mostra-se impressionada. “O que é isso? É o mesmo criminoso?”, pergunta. A capitã confirma que sim e complementa, principalmente, que o criminoso já está solto. “Ou seja, ele vai cometer mais estragos nas ruas”, diz Patrícia.
A porta-voz da PM fala então da importância do apoio da imprensa na informação. Em seguida, a apresentadora da Globo diz que conta com o trabalho da polícia e pede à capitã que conte também com o trabalho da emissora, “que a gente faz o nosso dever”. Em um evento nesta quarta-feira, em Brasília, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, declarou que a polícia executa prisões com equívoco e, por isso, o Judiciário tem que soltar os presos.
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