O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, não deve ser responsabilizado pela recente alta dos juros.
Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta quinta-feira, 20, Haddad afirmou que Galípolo herdou os problemas deixados pela gestão de Roberto Campos Neto.
Conforme o ministro, é importante não alterar bruscamente a política monetária. Ele ainda disse que as mudanças devem ser feitas com cautela para evitar choques econômicos.
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Na reunião do Comitê de Política Monetária realizada nesta quarta-feira, 19, foi decidido aumentar a taxa Selic para 14,25% ao ano. Trata-se do mesmo índice adotado durante a crise do governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O comunicado indicou possíveis novas elevações, sem especificar o ritmo.

O governo está comprometido com o BC, segundo Haddad
Haddad, entretanto, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está comprometido em colaborar com o BC para controlar a inflação, que continua acima da meta.

O ministro expressou confiança na capacidade do BC de cumprir as metas de inflação. “Acredito muito que a equipe do BC vai fazer o trabalho corretamente para trazer a inflação para meta”, afirmou.
Apesar de Haddad se mostrar otimista, o mercado financeiro não vê com bons olhos a atuação do ministro. Para ter uma ideia, o chefe do Ministério da Fazenda do governo Lula tem avaliação negativa maior que a positiva no mercado financeiro. De acordo com uma pesquisa Genial/Quest, divulgada nesta quarta-feira, a rejeição é superior à aprovação pela primeira vez desde que ele assumiu o cargo.

Atualmente, 58% dos participantes avaliam negativamente o desempenho de Haddad. Enquanto isso, apenas 10% têm uma visão positiva. Outros 32% dos entrevistados consideram o desempenho do ministro como regular.
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