Anvisa alerta: minoxidil pode causar crescimento de pelos em bebês

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta na última terça-feira, 15, em que chama atenção para o crescimento anormal de pelos — condição conhecida como hipertricose — em bebês expostos ao contato com a pele de adultos que aplicaram minoxidil.

O minoxidil é um medicamento indicado para o tratamento da alopecia androgênica (calvície hereditária) em homens adultos. O alerta ressalta que casos de hipertricose em bebês têm sido relatados na Europa depois do contato da pele da criança com locais onde o medicamento foi aplicado por seus pais.

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De acordo com a Anvisa, nos casos relatados, o fim do contato já é suficiente para que os efeitos se encerrem. “O crescimento dos pelos se normalizou após alguns meses da suspensão do contato com esse medicamento”, ressalta.

A agência reguladora informou que solicitou aos fabricantes e detentores de registro desses produtos a inclusão nas bulas do risco de hipertricose em bebês por exposição acidental. Trata-se de uma precaução inédita no Brasil, conforme esclarecido no documento.

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Fachada do edifício-sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O alerta estabelece recomendações claras aos profissionais de saúde, que devem “avisar os pacientes que utilizam minoxidil para evitar que crianças tenham contato com as áreas onde o medicamento foi aplicado”. A orientação também inclui lavar as mãos depois da aplicação do produto, para minimizar qualquer risco de contato indireto com a pele de bebês.

A Anvisa ainda orienta que “pacientes que utilizam minoxidil em solução tópica e que têm contato frequente com crianças devem procurar um médico caso percebam um crescimento excessivo de pelos nessas crianças durante o uso do medicamento”.

Alerta contra minoxidil vem da Europa

O documento cita referências das as autoridades sanitárias da Espanha e da União Europeia. Essas instituições descreveram a relação entre o contato físico indireto — como quando o pai aplica o medicamento no couro cabeludo ou na barba e, em seguida, segura o bebê encostando a área tratada na pele da criança — e os efeitos observados.

O alerta integra o ciclo de farmacovigilância da Anvisa, que monitora eventos adversos depois do uso de medicamentos comercializados no país. A agência reforça que qualquer efeito inesperado ou suspeito deve ser informado pelo sistema VigiMed, canal oficial para notificação de reações adversas.

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