Tite: exemplo de grandeza, e não de fraqueza

Parecia tudo certo. Tanto que o Corinthians já o aguardava nesta terça-feira, 22, no Centro de Treinamento Joaquim Grava para comandar o treino da manhã. Mas, para a surpresa de todos, no último momento, Tite decidiu não assumir o comando técnico corintiano pela quarta vez.

E o motivo foi mais do que justo. O treinador alegou que precisava de um tempo para cuidar de sua saúde mental.

Ainda há quem minimize este tipo de problema (gente que diz “é frescura”, “é só cansaço” ou “é falta do que fazer”). No entanto, quem já passou por isso ou conviveu com alguém próximo nesta situação sabe da gravidade.

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Esses transtornos, quando não tratados, podem ser tão (ou até mais) incapacitantes do que qualquer doença física. E eu bato palmas para o Tite por dois grandes motivos:

  • Primeiro

Pela consciência de reconhecer que não estava em condições de encarar um desafio enorme (e tentador) como o de treinar o Corinthians. Cargo esse que só perde em prestígio para o de técnico da Seleção Brasileira de Futebol.

  • Segundo

Pelo exemplo que ele passa para a nossa sociedade, que ainda insiste em fechar os olhos para os problemas da mente e da alma.

Isso não é fraqueza, meus amigos. É exemplo de grandeza!

Corinthians: de Tite a Dorival?

Dorival Júnior demitido seleção brasileira
Dorival Júnior ficou 14 meses no comando da Seleção Brasileira de Futebol | Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Agora, o Corinthians parece que vai mesmo com tudo atrás de Dorival Júnior. Se fechar, será um “casamento” promissor.

Como a gente diz lá em Muzambinho (MG), será a junção da fome com a vontade de comer. Tem tudo para dar certo.

Assim como dará certo o tratamento de Tite, que rapidamente estará apto a voltar a fazer o que mais sabe, que é armar bons times e empilhar taças.

Leia também: “A autogenerosidade da CBF”, reportagem de Eugênio Goussinsky e Lucas Cheiddi publicada na Edição 265 da Revista Oeste

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