Anistia: o jantar de Lula, Motta e líderes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta quarta-feira, 23, de um jantar na Residência Oficial da Câmara dos Deputados, ao lado do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e de líderes partidários.

O encontro busca estreitar a relação entre o chefe do Executivo e as lideranças da Câmara, em um momento marcado por disputas em torno do projeto de lei que propõe anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023.

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A oposição tem articulado ao longo das últimas semanas uma série de estratégias para pautar a proposta na Câmara. O líder do Partido Liberal (PL) na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), chegou a reunir 262 assinaturas válidas de apoio à urgência da votação do projeto.

A Oeste, Sóstenes disse que tem expectativa de discutir a tramitação da anistia na reunião de líderes desta quinta-feira, 24. A oposição tem o objetivo de pautar e aprovar a proposta ainda neste primeiro semestre.

PT chama anistia de “aberração contra a democracia”

Em 14 de abril, a bancada do PT na Câmara fez mais um ataque à proposta que pode beneficiar os presos do 8 de janeiro e definiu o projeto de lei de “aberração contra a democracia”.

“Como vimos afirmando, esse projeto 2858/22 é uma verdadeira aberração constitucional e uma ameaça à democracia”, reclamou o partido, que, sem provas, aproveitou para acusar o principal líder da oposição. “Trata-se de um instrumento forjado para livrar Bolsonaro e seu grupo criminoso da cadeia, com um alcance alarmante, que abrange todos os atos golpistas pré e pós 8 de janeiro de 2023.”

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A oposição articulou uma manifestação popular de apoio a anistia na Avenida Paulista — São Paulo, 6/4/2025 | Foto: Thiago Vieira/Revista Oeste

Apesar de tentar desmerecer o fato de a urgência do projeto da anistia avançar — com a urgência protocolada na Câmara —, o PT se vê derrotado. O partido atuou nos bastidores para que aliados não assinassem o requerimento de urgência da proposta. Estratégia que, no entanto, falhou. Dos 513 deputados federais, a maioria absoluta aderiu ao pedido liderado pelo PL.

O número só não foi maior porque as assinaturas do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e do líder da oposição na Casa, Luciano Zucco (PL-RS), não foram aceitas. A invalidação se deu justamente pelas funções de líderes que ocupam.

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