Eurodeputado fala em ‘decisões inaceitáveis’ e pede sanções contra Moraes

O deputado polonês Dominik Tarczynski, integrante do Parlamento Europeu, apresentou um projeto de resolução que propõe sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nos países da União Europeia. 

A proposta veio depois de o magistrado enviar uma oficial de Justiça para intimar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Hospital DF Star, em Brasília.

“Acabei de ver o vídeo do presidente Bolsonaro no hospital visitado pela oficial de Justiça”, afirmou Tarczynski, em vídeo publicado nas redes sociais. “Isso é inaceitável. É por isso que decidi reagir. A União Europeia precisa tomar providências agora.”

Ao criticar Moraes, deputado cita o comunismo

Na publicação, ele destacou a experiência que teve sob o comunismo na Polônia para criticar as ações de Moraes. Segundo o deputado polonês, o ministro brasileiro quer “suprimir os opositores políticos”.

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O parlamentar europeu sublinhou a importância de defender os direitos humanos e a verdadeira democracia. Ele mencionou outros líderes conservadores, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Javier Milei, presidente argentino. Segundo Tarczynski, eles também enfrentaram perseguições políticas.

“Acreditem, brasileiros, vocês não estão sozinhos”, declarou Tarczynski, ao afirmar que a comunidade internacional está atenta e pronta para agir.

Jornal britânico repercute decisão do ministro brasileiro

A decisão de Moraes de mandar intimar Bolsonaro no hospital ganhou repercussão em outros lugares do mundo. O jornal britânico The Times, por exemplo, publicou em sua conta oficial do Instagram um vídeo que mostra a oficial de Justiça Cristiane Aparecida Ventura Cintra intimando o político no hospital. 

“O ex-presidente brasileiro foi intimado judicialmente enquanto se recupera em um hospital”, informa o The Times. “Ele tem cinco dias para responder às acusações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe.”


Além disso, o jornal complementa que, em março deste ano, o STF “decidiu que Bolsonaro deverá ser julgado por, supostamente, tentar derrubar o governo depois de perder as eleições presidenciais de 2022”.

Revolta com a intimação de Bolsonaro

Aliados de Bolsonaro manifestaram revolta com a intimação. Parlamentares ligados ao ex-presidente consideraram a notificação um abuso de poder, especialmente em virtude do estado de saúde delicado do ex-chefe do Executivo. 

O STF justificou a ação ao afirmar que, se Bolsonaro pode participar de lives, também poderia assinar documentos judiciais.

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