O deputado federal Ricardo Salles (Novo/SP) voltou a dizer neste sábado, 26, que concorrerá ao governo de São Paulo. A candidatura, no entanto, estaria condicionada à manutenção da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e um consequente interesse do governador paulista Tarcísio Freitas (Republicanos) em concorrer à Presidência da República.
A declaração do deputado está no perfil do vice-presidente da ala juventude do Partido Novo, Demétrius Cabral. Na mensagem, Salles explica que aceita concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. Mas essa hipótese só seria possível com a definição do nome de Tarcísio como presidenciável.
Salles: “Se ele deixar o governo, vou me candidatar”
“Se o Tarcísio tiver que ir a candidato a presidente por causa da inelegibilidade do Bolsonaro, se ele deixar o governo do Estado e for a presidente, aí eu vou me candidatar a governador”, afirmou o parlamentar que já foi ministro do Meio Ambiente na gestão federal anterior ao governo petista.
O deputado destacou, no entanto, que ainda existem muitas indefinições quanto ao nome que irá representar a direita nas eleições de 2026. Salles, inclusive, chegou a citar o nome do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo/MG), que seria uma das alternativas.
Cenário de incertezas inclui até Temer
O cenário, de fato, ainda é incerto. No início deste mês, em um evento do mercado financeiro, Tarcísio disse que não pretende concorrer ao Planalto. “Quero ficar em São Paulo, o Estado que me abraçou. Estou focado em São Paulo”. Na manhã deste sábado, um outro fato chamou a atenção do processo sucessório.
Durante um evento em Uberaba (MG), os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), acenaram para uma possível união na eleição para presidente da República. Ratinho Jr., governador do Paraná e outro potencial presidenciável, também participou do encontro.
No jogo da sucessão, até Michel Temer (MDB) estaria envolvido. A intenção do ex-presidente seria unir 5 governadores em busca de uma terceira via. Sob o nome de Movimento Brasil, a articulação de Temer teria o objetivo de construir uma candidatura de centro-direita que funcione como alternativa à polarização política protagonizada por Lula e Bolsonaro.
O político do PL, aliás, pediu nesta semana ao seu partido que insira obrigatoriamente os nomes da sua mulher, Michelle, e o de Tarcísio de Freitas em todas as pesquisas de intenção de voto. A medida seria uma indicação de que Bolsonaro já reconhece a impossibilidade de concorrer com Lula em razão da influência do Supremo Tribunal Federal.
Pesquisa: Bolsonaro na liderança
A última pesquisa recebida pelo PL mostrou Bolsonaro à frente do petista nas intenções de voto, em primeiro e segundo turnos. Lula, porém, lidera em cenários para primeiro turno testados contra Michelle e Tarcísio.
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