O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu autorização médica para iniciar a ingestão de líquidos e alimentos leves, como água, chá e gelatina. Essa decisão é tomada 15 dias depois de ele ter passado por uma cirurgia para desobstrução do intestino, realizada no dia 13, com duração de 12 horas.
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“Ainda persisto com sinais de gastroparesia (retardo no esvaziamento do estômago) e soluços que tiram qualquer ser humano do sério, mas sendo clinicamente controlados e acompanhados”, escreveu Bolsonaro, no X.
O boletim médico mais recente indica que, apesar do progresso em sua recuperação e dos “sinais de movimentos intestinais espontâneos”, Bolsonaro ainda permanece na Unidade de Terapia Intensiva e não há previsão de alta hospitalar.
Recuperação e restrições médicas

A equipe médica decidiu manter a nutrição intravenosa, mesmo com a introdução de líquidos e gelatina via oral.
O ex-presidente continua a realizar sessões de fisioterapia motora, e as visitas ao paciente seguem restritas, com o objetivo de garantir um ambiente controlado para sua recuperação.
Exames laboratoriais recentes apontaram uma “melhora progressiva” nos indicadores hepáticos de Bolsonaro, progresso confirmado novamente no dia seguinte.
Por que Jair Bolsonaro passou por outra cirurgia?
Os médicos do hospital DF Star submeteram o ex-presidente a uma cirurgia em 13 de abril devido a uma obstrução parcial no intestino. O problema foi causado por aderências — cicatrizes internas que se formaram depois de várias operações decorrentes do atentado a faca que ele sofreu em 2018.
Até o momento, os problemas decorrentes da tentativa de assassinato o levaram a passar por sete procedimentos cirúrgicos.
Enquanto segue internado na UTI, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que ele fosse intimado no hospital. A medida foi cumprida por um oficial de Justiça na última quarta-feira, 23. A intimação diz respeito ao processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, no qual o político é réu.
Juristas e entidades da sociedade civil reagiram à medida e apontaram possível violação do Código de Processo Civil. O artigo 244 proíbe a citação de pessoas em estado grave de saúde, salvo em casos em que haja risco de perda de direito.
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