Não é apenas o Brasil que se beneficia do uso do etanol para movimentar a frota. Os Estados Unidos, por exemplo, também aproveitam as vantagens desse biocombustível — o que deve aumentar ainda mais com o anúncio da gestão Donald Trump desta segunda-feira, 28.
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O governo norte-americano emitiu uma isenção de emergência para permitir a venda de gasolina com maior teor de etanol durante o verão. A liberação entra em vigor no dia 1º de maio.
Combustível para a economia
Além do alívio para os consumidores, o ato deve incrementar as demandas para os agricultores, conforme explica Brooke Rollins, a Secretária de Agricultura dos EUA. “Essa medida para permitir a venda de verão do E15 proporcionará alívio imediato aos consumidores, oferecerá mais opções nas bombas e aumentará a demanda por milho cultivado, processado e usado aqui na América”, disse.
Seja no Brasil ou nos EUA, a oferta de etanol depende da produção agrícola. Para os brasileiros, a maior fonte vem do cultivo de cana-de-açúcar. Contudo, o país também faz o biocombustível com o milho — que é a matéria-prima de quase toda a oferta norte-americana.
Etanol nos EUA
De acordo com a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês), quase toda a gasolina vendida nos EUA tem cerca de 10% de etanol na mistura. É o chamado E10. A adoção da fórmula com 15% acontece eventualmente, com a liberação das autoridades, desde 2001. Além disso, também existem os combustíveis E85, com entre 51% e 85% de álcool na composição, a depender do Estado.
A adoção da gasolina E10 no mercado norte-americano teve início há mais de 50 anos. Segundo a EIA, tudo começou com uma emenda à Lei do Ar Limpo, no fim da década de 1970.
Atualmente, os EUA são os maiores produtores desse biocombustível no planeta. Em 2024, o país produziu 62 bilhões de litros. A segunda posição é do Brasil (33 bilhões de litros). Juntos, os dois países respondem por quase 80% da produção mundial de etanol.
Gasolina com álcool no Brasil
O Brasil também permite a mistura do etanol à gasolina — e o teor é maior que o praticado nos EUA. A proporção no combustível brasileiros varia entre 18% e 27,5%. Por volta de 80% da produção nacional vem da cana-de-açúcar, o restante é feito a partir do milho.
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