Anistia: a retomada da obstrução na Câmara

O Partido Liberal (PL) anunciou a retomada da obstrução a partir desta semana na Câmara dos Deputados, como manobra para pressionar a votação da urgência da anistia aos presos do 8 de janeiro.

A bancada do PL na Casa se reuniu na noite de segunda-feira 28, para definir como será o movimento de obstrução. O Partido Novo é um aliado da legenda para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar a anistia. 

Leia também: “Sóstenes: ‘Hugo Motta está acuado com as chantagens do STF’, entrevista de Sarah Peres na Edição 266 da Revista Oeste

Conforme apurado pela coluna No Ponto, nenhuma das cinco comissões permanentes presididas pelo PL vão votar requerimentos. A legenda preside os seguintes colegiados:

  • Agricultura;
  • Relações Exteriores;
  • Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado;
  • Turismo; e 
  • Saúde.

Nesta terça-feira, 29, a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado deve receber o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Por esse motivo, as atividades do colegiado não serão alvo de obstrução. 

Além disso, as sessões desta semana da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) não serão obstruídas. Isso porque, nesta terça-feira, será votado o recurso do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), contra sua cassação. 

Na quarta-feira 30, a CCJ analisa o recurso do PL que visa a suspender parcialmente a ação penal movida contra o o deputado Alexandre Ramagem (RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF).

PL cogita greve de fome para pressionar a anistia

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que os parlamentares da oposição cogitam a possibilidade de fazer greve de fome no plenário da Casa para pressionar a votação da anistia.

Em entrevista exclusiva, Sóstenes declarou que essa estratégia teve sucesso com Glauber Braga: “Para mim, foi equivocada, mas funcionou”.

Sóstenes ainda garantiu que há outras estratégias em estudo pela legenda. Uma delas é a questão das emendas parlamentares: “A maior delas, inclusive, é a da Saúde, seguida por Agricultura e Turismo”. Todas são presididas pelo PL.

“Há um combinado no Colégio de Líderes: 70% dessas emendas ficam sob a tutela do presidente da Casa, para distribuir entre os demais partidos, e 30% ficam com o partido que preside a comissão, para dividir com sua bancada”, explicou. “Se não ocorrer a votação da anistia, poderemos assumir 100% das emendas e decidir, por conta própria, como serão distribuídas.”

O post Anistia: a retomada da obstrução na Câmara apareceu primeiro em Revista Oeste.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.