China precisa da soja do Brasil na guerra comercial contra os EUA

Alimentar 1,4 bilhão de habitantes não é uma tarefa fácil. A China precisa importar comida de vários lugares do mundo para não ter um colapso de abastecimento — e a soja do Brasil é um dos pilares para a nutrição do gigante asiático. Uma dependência que aumenta em tempos de guerra comercial com os Estados Unidos de Donald Trump.

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O consumo vai muito além do molho shoyu. Trata-se de matéria-prima para a engorda de diversos animais, como fonte de proteína. Portanto, é fundamental para a produção de carne.

China e a soja do Brasil

A grande fonte de carne para a população da China são os gigantescos rebanhos de aves e suínos do país, e o Brasil forneceu cerca de 65% de toda a soja que o país consumiu em 2024. Isso inclui o grão usado para fazer a ração desses animais. Ao mesmo tempo, os EUA foram responsáveis por abastecer pouco menos de 20% da demanda chinesa.

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Depois de tomar posse para o segundo mandato, em 20 de janeiro, Trump deu início a uma guerra comercial, taxando produtos que os chineses exportam para os norte-americanos. Do outro lado do mundo, Pequim revidou e, entre as medidas de retaliação, anunciou a taxação do grão colhido nos EUA. Alguns relatórios indicam, inclusive, que a China não recebe soja dos norte-americanos desde 16 de janeiro — um prato cheio para a balança comercial do Brasil.

Embarque de soja no Porto de Santos | Foto: Reprodução

No primeiro trimestre de 2025, a China comprou quase 17 milhões de toneladas de soja do Brasil, conforme mostram os dados oficiais. O número corresponde a quase 1 milhão de toneladas a mais que no mesmo intervalo do ano anterior. É um crescimento de 6% — e a guerra comercial está apenas no começo.

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