Depois de ser demitida do governo Lula em 25 de fevereiro, a ex-ministra da Saúde, Nísia Trindade, recebeu uma quarentena remunerada da Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Durante 6 meses, ela continuará a receber seu salário mensal de R$ 44.008,52, totalizando R$ 265 mil.
A decisão foi tomada em uma reunião da comissão na segunda-feira 28. Essa medida visa a evitar conflitos de interesse, impedindo que ex-integrantes do governo utilizem suas influências em funções no setor privado.
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Nísia Trindade informou ao portal Metrópoles que retomará suas atividades como pesquisadora na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde é servidora concursada.
“Não há contradição entre estar em quarentena, conforme previsto na legislação, e retomar minhas atividades como pesquisadora da Fiocruz, o que, a rigor, nunca deixei de exercer”, disse.
Além de Nísia: outros beneficiados pela quarentena remunerada

Além de Nísia, a ex-secretária de Estratégia e Redes da Secretaria de Comunicação (Secom), Brunna Rosa Alfaia, também foi contemplada com a quarentena remunerada.
Ela foi exonerada em 17 de janeiro, depois da chegada do atual ministro da Secom, Sidônio Palmeira. Brunna, que é aliada da primeira-dama Janja da Silva, tinha um salário de R$ 18.469,94.
O objetivo da quarentena é evitar o uso indevido de informações privilegiadas adquiridas durante o serviço público.
A legislação vigente, Lei nº 12.813/2013, exige que ex-ocupantes de cargos estratégicos notifiquem a Comissão de Ética Pública sobre convites recebidos de entidades privadas.
Essa prática busca garantir a integridade nas transições de funções para o setor privado, evitando a chamada “porta giratória”.
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