Uma pesquisa da Genial/Quaest divulgado nesta quarta-feira, 30, revelou a percepção majoritária da população sobre o sistema de segurança pública e Justiça no Brasil. Para 86% dos entrevistados, a polícia prende, mas a Justiça solta.
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O levantamento mostra que esse sentimento atravessa o espectro político. Entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno de 2022, 94% concordam com a afirmação. Já entre os que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o índice é de 82%. Entre abstenções, votos brancos ou nulos, o porcentual é de 84%.
Apenas 11% dos brasileiros discordam da ideia de que o sistema judicial falha em manter criminosos presos. Já 1% declarou-se neutro, e 2% preferiram não opinar na pesquisa.
A pesquisa mostrou que 70% da população considera esses temas problemas de alcance nacional. Apenas 26% acreditam que o fenômeno tenha caráter regional, mesmo com as polícias Civil e Militar sob a responsabilidade dos governos estaduais.
O estudo também aponta um forte apelo por ações do governo federal no enfrentamento da criminalidade. Para 85% dos entrevistados, a responsabilidade pela segurança pública deve ser compartilhada entre Estados e União. Apenas 9% acreditam que essa atribuição cabe exclusivamente aos governos locais, enquanto o restante não soube responder ou não se posicionou.
A sensação de insegurança aparece com força nas experiências pessoais. Quase metade da população, 47%, percebe aumento da violência na própria cidade nos últimos 12 meses. Outros 36% dizem que a situação permaneceu igual, enquanto apenas 15% notaram alguma melhora no período.
A pesquisa também avaliou a atuação do governo federal nessa área
O levantamento também avaliou a atuação do governo federal nessa área. 38% dos brasileiros reprovam a gestão do presidente Lula (PT) na segurança pública. Outros 25% avaliam de forma positiva, e 32% consideram a atuação regular. O desempenho do governo federal fica atrás das administrações estaduais, que obtiveram 36% de aprovação, 28% de reprovação e 29% de avaliação regular.
A pesquisa foi realizada de 27 a 31 de março, com 2 mil entrevistas presenciais em todo o país. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, com 95% de nível de confiança.
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