O Conselho de Ética da Câmara suspendeu o mandato do deputado Gilvan da Federal (PL-ES) por três meses. O relator Ricardo Maia (MDB-BA) propôs a punição. O parecer teve 15 votos favoráveis e quatro contrários.
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O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Casa, articulou a punição no Colégio de Líderes e pressionou pela abertura do processo. Deputados relataram que o afastamento de Gilvan da Federal já estava combinado nos bastidores, antes mesmo da votação.
A briga entre Gilvan e Lindbergh
O caso começou durante uma oitiva do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na Comissão de Segurança Pública. Lindbergh interrompeu a fala de Gilvan da Federal. Os dois trocaram ofensas. Lindbergh chamou o deputado do PL de “desqualificado”.
Gilvan da Federal, por sua vez, chamou o petista de “lindinho” — apelido atribuído ao parlamentar na planilha da Odebrecht, revelada pela Operação Lava Jato — e se referiu à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, como “amante”.
Deputados precisaram intervir para impedir que a briga passasse para agressões físicas.
Decisão da presidência
A mesa diretora da Câmara abriu o processo disciplinar contra Gilvan da Federal. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), autorizou o procedimento, mas criticou o movimento: disse que PT e PL costumam firmar acordos de bastidor para livrar aliados de punições.
A Mesa solicitou uma suspensão de seis meses. O conselho reduziu para três.
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