Fiocruz: infecções respiratórias crescem no país

Hospitalizações por influenza aumentaram em diversas regiões do Brasil, segundo o novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira, 8. O levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que o país registra níveis moderados a altos de incidência, com destaque para Estados das regiões Norte e Centro-Sul.

A doença afeta principalmente jovens, adultos e idosos. Entre crianças de até 2 anos, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) relacionados ao vírus sincicial respiratório (VSR) continuam em alta em muitas regiões. A análise se refere aos dias entre 27 de abril a 3 de maio.

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Contudo, há sinais de desaceleração do crescimento da SRAG por VSR em crianças pequenas em partes do país. Esse indicativo aparece principalmente na Região Centro-Oeste, onde o surto começou no fim de fevereiro. Também ocorre o começo de estabilização no Sudeste, Norte e Nordeste do país, com exceção do Estado do Ceará.

A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, afirma que, mesmo com essa possível interrupção do crescimento, “a incidência das ocorrências nessas regiões ainda permanece elevada”.

Fiocruz informa que há queda de casos em crianças maiores

Nas crianças de até 2 anos, há desaceleração ou estabilidade no número de casos. Já entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, os casos seguem em queda, segundo a Fiocruz. Entre jovens, adultos e idosos, a tendência é de alta.

O documento também mostra que, embora a covid-19 tenha baixa incidência, continua sendo a principal causa de morte por SRAG entre idosos, seguida da influenza A.

Atualmente, 13 Estados estão em nível de alerta, risco ou alto risco de SRAG, com tendência de crescimento: Amapá, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Nas capitais, 14 apresentam o mesmo quadro: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Macapá, Natal, Palmas, Porto Alegre, Porto Velho, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Quadro com dados do Infogripe de 27 de abril a 3 de maio
Quadro com dados do Infogripe de 27 de abril a 3 de maio | Imagem: Divulgação/ Fiocruz

No cenário nacional, os dados indicam aumento nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e oscilação ou estabilidade nas de curto prazo (últimas três semanas). Em 2025, foram notificados pouco mais de 50 mil casos de SRAG. Desses, 22,2 mil (44,4%) tiveram resultado laboratorial positivo, mais de 20 mil (40,2%) foram negativos e 4,5 mil (9,1%) ainda aguardam resultado.

Vírus mais detectados do ano

Os vírus mais detectados no ano foram:

  • VSR (40,4%);
  • Sars-CoV-2 (18,6%);
  • Rinovírus (27,2%);
  • Influenza A (13%); e
  • Influenza B (1,5%).

Nas últimas quatro semanas, o VSR predominou com 55,7%, seguido por influenza A (26,7%), rinovírus (18,1%), Sars-CoV-2 (3%) e influenza B (0,7%).

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Nos óbitos com vírus identificados, a influenza A lidera (56,1%), seguida de Sars-CoV-2 (18%), VSR (12,9%), rinovírus (11,8%) e influenza B (1,6%).

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