O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, convocou neste sábado, 10, a Autoridade de Comando Nacional — órgão máximo de deliberação sobre segurança e armamento nuclear do país. A CNN Brasil divulgou as informações.
A medida ocorre horas depois de Islamabad confirmar ataques contra bases aéreas indianas em resposta a supostas ações militares de Nova Délhi.
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O Exército paquistanês anunciou ter iniciado a “Operação Bunyanun Marsoos”, que em árabe significa “muro inquebrável”.
A investida, segundo os militares, destruiu o depósito de mísseis BrahMos, na região indiana de Bias, e alvejou outras instalações estratégicas, como a base aérea de Pathankot e a Estação de Udhampur.
De acordo com o comunicado oficial, os alvos atacados estavam entre os pontos de onde partiram os mísseis lançados contra o Paquistão nos últimos dias. O exército classificou a retaliação como uma resposta “olho por olho” e afirmou que a operação ainda está em curso.
A tensão entre os países com armas nucleares cresceu depois de trocas de acusações sobre violações do espaço aéreo por drones e bombardeios. Pelo menos 48 pessoas morreram nos confrontos, conforme fontes locais.
Paquistão afirma ter abatido caças e drones indianos
A escalada teve início na quarta-feira 7, quando a Índia lançou a chamada “Operação Sindoor” contra “infraestruturas terroristas” no território paquistanês e na região da Caxemira sob controle de Islamabad. O Paquistão afirma ter abatido cinco caças indianos e um drone militar.
As aeronaves atingidas, segundo autoridades paquistanesas, incluiriam três jatos Rafale, modelo francês de alto desempenho recentemente incorporado à Força Aérea Indiana. Nova Délhi ainda não se pronunciou sobre as perdas.
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O ataque da Índia veio na esteira de uma chacina na Caxemira indiana, que matou 26 pessoas — a maioria turistas. O governo hindu acusou militantes apoiados pelo Paquistão, que nega qualquer envolvimento.
Índia e Paquistão travaram três guerras desde a Partilha do Império Britânico, todas ligadas à disputa territorial pela Caxemira. Ambos os lados mantêm forças militares nas regiões de fronteira e possuem arsenal nuclear.
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