Já conhecemos muitos justiceiros nos filmes. Gente que é atacada por bandidos e resolve fazer justiça com as próprias mãos. Charles Bronson e Liam Neeson fizeram carreira com personagens assim.
O que surpreende no filme Valente, (“The Brave One”, de 2007, no Max) é que esse personagem seja interpretado por uma mulher de aparência frágil como Jodie Foster. Jodie faz o papel de Erica, uma repórter de rádio que grava crônicas sobre as pessoas comuns de Nova York.
Um dia, Erica vai passear com seu namorado médico e seu cachorro. São atacados por bandidos sádicos. O cachorro some, o namorado morre e Erica entra em coma. Quando ela se recupera, não é mais a mesma. Compra uma pistola 9 milímetros e nas suas reportagens acaba encontrando a escória da cidade em ação. Ela não tem mais dúvidas do que fazer. Afinal, a polícia não encontrou os marginais que mataram seu namorado e a transformaram numa poça de sangue.
Valente, dirigido por Neil Jordan (e escrito por Roderick Taylor, Bruce A Taylor e Cynthia Mort) tem boas sacadas, como mostrar Erica fazendo uma entrevista com o detetetive responsável pelo caso. Ela dá inclusive alguns sinais de que poderia ser a justiceira, mas ninguém acredita que isso seja possível. Como sempre, tudo é aparência. Jodie, só para variar, está ótima no papel.
O filme, que hoje seria facilmente carimbado como “fascista”, tem um final surpreendente. Esse final é discutível, claro. Mas não se encaixa de maneira alguma num princípio fundamental da ideologia esquerdista, segundo o qual bandidos e terroristas são vítimas que precisam ser protegidas.
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