Lula visitou Vladimir Putin na última sexta-feira, 9, e falou em retomar os sonhos com o presidente da Rússia. Trata-se do homem que conduz um regime em que a perseguição à imprensa livre é regra desde os primeiros dias. E esse é só mais um entre os aliados do petista no cenário internacional que não gostam de democracia.
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Na Rússia, existem quase 50 jornalistas atrás das grades, de acordo com a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). E ainda houve comunicadores que morreram depois de expor desmandos do governo russo. Nesse caso, três nomes são emblemáticos: Anna Politkovskaya, Alexei Navalny e Victoria Roshchyna.
Mortos do aliado de Lula
Desde a chegada de Putin ao centro do poder, 52 jornalistas foram assassinados ou desapareceram na Rússia. A Anna, por exemplo, morreu em 2006, depois de ela investigar abusos contra os direitos humanos na guerra da Chechênia — o conflito que consolidou o poder de Putin.
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Alexei Navalny, por sua vez, morreu em 2024 na prisão. Era um político de oposição e blogueiro que denunciava a corrupção no governo russo. Os esquemas são uma das grandes fontes de poder do Kremlin. Por meio deles, o presidente russo distribui benesses a empresários aliados e deixa à míngua os inimigos, consolidando a oligarquia do país em torno de si.

Por fim, a mais recente das vítimas: Victoria Roshchyna. Ela morreu aos 27 anos, em 2024, depois de passar meses em uma prisão russa no Círculo Ártico. Seu “crime”: reportar o que estava acontecendo em territórios ucranianos invadidos pela Rússia.
O maior cárcere contra a imprensa livre
Segundo a RSF, quase 570 jornalistas foram presos por fazer um trabalho de imprensa livre ao redor do mundo. Outro aliado do presidente Lula é o campeão de prisões de comunicadores: o ditador chinês Xi Jinping.
As prisões chinesas mantêm cerca de 114 jornalistas encarcerados. O número corresponde a quase 20% de todas as detenções ao redor do globo.
O regime chinês impõe restrições ainda maiores que as da Rússia. A China se mantém declaradamente socialista, com um regime comandado por um único grupo: o Partido Comunista Chinês, dono do poder no país desde 1949 — quando Mao Tsé-Tung instaurou uma ditadura.
Alguns historiadores acusam o regime de ser responsável por 70 milhões de mortes em tempos de paz. Cerca de metade teria morrido na crise de fome causada pelas políticas do ditador — que estava “acima de críticas” e recebe admiração de membros do partido de Lula.
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